sexta-feira, 31 de julho de 2009

Por que não Grafite?

Sou um dos poucos que defendem Dunga (e olha que já arrumei muita discussão por causa disso), mas seus números à frente da seleção brasileira são inegáveis e inquestionáveis. Sempre que exigido, o "carrancudo" ex-volante mostrou resultados, e melhor do que muitos treinadores que se julgam "top".

Mas em sua última convocação para o amistoso contra a Estônia, no dia 12 de agosto, Dunga mostrou certa incoerência ao convocar Diego Tardelli, do Atlético Mineiro. Independente dos problemas extracampo, o atacante sempre mostrou inconstância dentro das quatro linhas. É o típico jogador de altos e baixos, do qual não se pode confiar (apesar de brigar pela artilharia do BR-09).

O próprio Dunga diz que "futebol é momento e vão aqueles que estão melhores". Até aí perfeito, então por que não convocar Grafite? Campeão pelo Wolfsburg e artilheiro da Bundesliga com 28 gols. Se futebol é momento o de Grafite foi muito melhor do que o de Tardelli, pois o jogador contribuiu significativamente para o primeiro título do modesto Wolfsburg. Ou alguém acredita que o nove atleticano será capaz de realizar tamanha proeza?


Diogo Patroni

domingo, 26 de julho de 2009

Devaneio da semana

“O City tem tudo para se tornar um clube de massa. É um grande projeto. Cheguei no começo e desejo ficar para crescer junto com o time. Quero fazer parte desse crescimento. Em cinco anos será um grande clube, como Real Madrid e Barcelona”.

A frase é de autoria do imponderado Robinho, em entrevista ao jornal inglês “Daily Mail”. É justificável a intenção do atacante brasileiro em ser um dos sustentáculos do megalômano plano do ainda tacanho Manchester City, mas dai a projetá-lo como uma das principais forças europeias em apenas cinco temporadas é tripudiar de nossa inteligência. Menos Robinho, menos...


Ricardo Gomes

sexta-feira, 24 de julho de 2009

hipócrita e irracional?

Não concordo com as declarações de Mário Gobbi, vice-presidente, do Sport Club Corinthians Paulista, (nos principais veículos de comunicação) ao chamar as manifestações da torcida de hipócrita e irracional.
Ora, vice-presidente irracional para o torcedor é esfacelar uma equipe que conquistou três títulos em sete meses. Irracional é acabar com um projeto do "tão festejado" centenário.
O corintiano ficou muito machucado, após a queda para a Série B, e sua única alegria estava nessa equipe vitoriosa e vibrante. Portanto, hipócrita é o senhor que substima a capacidade de seu próprio torcedor, aquele que paga ingresso, e não tem onde estacionar, tampouco um banheiro decente, mas debaixo de sol ou chuva está lá para apoiar o Corinthians.
Respeite o verdadeiro corintiano, maloqueiro e sofredor

Diogo Patroni

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Levinho encarnado?

O avante brasileiro Liedson escancarou nesta sexta-feira por meio de uma carta à Federação Portuguesa o seu desejo em atuar pela seleção local. O envio da missiva dá combustível ao apelo de parte da imprensa lusitana de que o ex-jogador de Corinthians e Flamengo certamente disputaria uma vaga no pobre setor ofensivo português.

O próprio selecionador nacional, Carlos Queiroz, já estaria esmerilhando o caso. O baiano Liedson, que nunca foi brilhante, mas é um dos mais contundentes atacantes em atividade na Liga Portuguesa, passará assim a ser mais um dentre tantos que tentarão a sorte defendendo as cores da pátria consanguínea.

Ainda em fase de transição e variavelmente inapetente, a linha de frente dos Tugas é uma enorme vala aberta para “Levinho”, como o camisa 31 do Sporting Lisboa é carinhosamente chamado, mostrar o seu valor e, de repente, cavar espaço no grupo que disputará as últimas, e decisivas, rodadas das eliminatórias européias, na qual Portugal claudica e corre risco de nem viajar à África do Sul no próximo ano.


Ricardo Gomes

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Em busca da América-Parte II


Pois é, talvez nem o mais otimista dos atleticanos acreditaria numa virada do Estudiantes, em pleno Mineirão. A equipe orquestrada por Juan Sebástian Veron se portou muito bem, na casa do adversário e em nenhum momento se intimidou com os (poucos) gritos de "Vamos Cruzeiro" .

Matreiros e tarimbados os argentinos trataram de esfriar a partida logo no ínicio. Era jogador caindo no campo , deixando o cotovelo na dividida (Veron se vingou de Ramires) e principalmente fazendo rodízios de faltas em Kléber. Anti-jogo? trapaça?

Não, meu caro leitor a Libertadores é assim mesmo vence aquele que alia malandragem e catimba, com um futebol eficiente. Por isso deu Estudiantes, com toda justiça diga-se de passagem.

Agora um comercial de TV terá que ser atualizado para 22 Libertadores.
Diogo Patroni

Campeão europeu reforçado

O Barcelona, campeão da última edição da Champions League, fechou nesta quarta-feira a contratação do lateral-esquerdo brasileiro Maxwell. Segundo a imprensa europeia, o negócio é fruto de um acordo consensual entre o clube espanhol e a Internazionale, que deverá receber £ 4,5 milhões como contrapartida.

Esquecido por Mourinho em Milão, que nunca negou a sua predileção pelo jovem Santon, o utilitário Maxwell chega para tentar preencher uma lacuna que teima em perdurar há pelo menos três temporadas. Desde a saída do modesto Van Bronckhorst, peça interessante na engrenagem do grande time que levou a CL em 2005/06, o Barça não conseguiu emplacar um canhoto convencível por aquele lado.

E é exatamente ai que reside a válvula que fomenta as esperanças de Maxwell em vingar com a camisa blaugrana. Seu único concorrente na posição, o francês Abidal, ainda não foi nem sombra do bom jogador que brilhou no Lyon.

Nascido em Cachoeiro do Itapemirim, Maxwell surgiu nas categorias de base do Cruzeiro, mas se transferiu para a Europa antes mesmo de estrear como profissional. Aos 20 anos, foi contratado pelo Ajax, após se destacar em um torneio na Holanda. Em 2006, transferiu-se para a Inter, emblema onde conquistou três títulos da Serie A e duas Supercopas da Itália.


Ricardo Gomes

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Em busca da América - Parte I

Nesta quarta-feira, a partir das 21h50, Cruzeiro e Estudiantes iniciam a luta pelo título da Libertadores da América. As equipes já se enfrentaram na fase de grupos, porém os confrontos não servem como parâmetros para a grande final.

No jogo de ida, no Mineirão, vitória da Raposa por 3 a 0, com direito a espetáculo de Kleber. Já na volta os hermanos venceram os mineiros por 4 a 0, após muita confusão fora de campo. Tenho ouvido por aí que o Cruzeiro é amplamente favorito, mas há de se respeitar o futebol argentino tão aguerrido nas finais. Os números comprovam que em 11 decisões de Libertadores foram 8 vitórias argentinas, contra apenas 3 brasileiras.

O Estudiantes não tomou nenhum gol em casa e tem no seu maestro Juan Sebástian Verón, a inspiração para a vitória. Hoje acredito que se perder por um gol, para o Cruzeiro já é um bom negócio. Mas se a equipe celeste mostrar o mesmo futebol que jogou contra São Paulo e Grêmio, aí sou mais Cruzeiro.

Cravo 1 a 1. Ah hoje é dia de escutar: "Amigo, hoje o Cruzeiro é Brasil na Libertadores" (então os atleticanos são Argentina?).

Diogo Patroni

terça-feira, 7 de julho de 2009

Muricy vai pular o muro

Respeitabilíssimo pelo excelente currículo (tri-campeão brasileiro, com o São Paulo 06/07/08), Muricy Ramalho é o alvo da vez, no Parque Antártica. Após sua demissão, do São Paulo Futebol Clube ficou evidente, que a queda de Luxemburgo, no Palmeiras era questão de tempo (mais precisamente uma semana).
Pois bem, os palestrinos centraram toda a artilharia no homem do "aqui é trabalho, meu filho". O passo inicial fora dado na sexta-feira, quando o treinador rescindiu de vez com os "ressentidos" do Morumbi. Especulava-se que uma reunião entre Muricy e o presidente da S.E Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo ocorresse ainda no domingo, mas o treinador preferiu adiar o encontro.
Dizem as más línguas que por estar no topo, Muricy estaria apenas aguardando a queda de Tite, no Internacional (equipe na qual é idolatrado). No entanto, a "sábia" diretoria colorada já garantiu Tite, no comando até o fim de 2009.
Temendo arranhar sua imagem e perder a oportunidade de dirigir o Palmeiras, Muricy Ramalho iniciou nesta terça-feira, os primeiros contatos com cúpula alvi-verde. Seu empresário Marcio Rivellino jantou com o vice-de futebol, Gilberto Cipullo.
Provavelmente até o fim desta quarta-feira teremos um desfecho, com Muricy assumindo o boné da S.E Palmeiras, para tristeza do pessoal que fica do outro lado do muro, na Barra Funda.
Diogo Patroni

O novo "paredão" rossoneri

É crime um grande emblema europeu contratar um qualificado atleta norte-americano? Ao que parece sim. Diversas mídias especializadas trataram com certo estapafúrdio o acerto do vínculo entre o defensor Oguchi Onyewu e o Milan. Proveniente do belga Standard Liège, o jogador, de 27 anos, foi um dos destaques da surpreendente campanha que rendeu aos EUA o vice-campeonato na Copa das Confederações.
Pela vitalidade que apresentou no certame sulafricano, Onyewu chega com boas credenciais para brigar (e por que não?!) por uma vaga na esfacelada defesa milanesa, sofrível de talentos na posição. Basta conferir no site oficial do clube quais os nomes disponíveis para a temporada 2009/10 e verá que a disputa não será tão inclemente assim. Medalhões como Kaladze, Bonera, Favalli e o desafortunado Nesta deixaram de ser solução há muito tempo para virarem verdadeiros estorvos nas fileiras rossoneri. Já que a carência no setor defensivo é flagrante e o orçamento parece estar engessado (ainda que falemos de um clube cujo mandatário é Silvio Berlusconi), uma ótima e, certamente bem-sucedida, alternativa seria trazer Lúcio, defensor de talento raro e inexplicavelmente desempregado.


Ricardo Gomes

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Eu confio

Pronto, agora só resta esperar o colossal debut. Confesso que estou muito entusiasmado em acompanhar as peripécias de C. Ronaldo e Kaká com o manto alvejante do Madrid. Ainda ouço vozes dissonantes e deveras previdentes acerca de um (muito provável) sucesso do faturado dueto, entoando analogias-muitas delas infundadas-sobre o controverso primeiro período “galáctico”. Falem o que quiser sobre a rede de intrigas que se criou naquela oportunidade, resultando, inclusive, em seguidas tentativas fracassadas de alcançar títulos de expressão, só não deixem de lembrar que aquele mesmo time impingiu rastros de genialidade em diversos lugares pelos quais passou. E é nesse direito que eu resguardo a minha esperança em ver novamente um futebol fantasista, sem medo de ser, e de nos fazer, feliz.

Ricardo Gomes

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Bons negócios?

Esbanjador nos últimos 15 anos, o Manchester United dá mostras neste período de recesso nas atividades que a adoção da política de aquisições modestas (monetariamente nem tanto, mas midiaticamente sim), porém funcionais, começa a fincar raízes por lá.

Claudicante ainda em razão da saída de sua estrela maior, o português Cristiano Ronaldo, os Red Devils vão aos poucos reconfigurando o seu plantel para o início da pré-temporada que se avizinha. Cientes de que o espectro de seu antigo camisa sete demorará a ocultar-se, diretoria e comissão técnica colocam a mão na massa para manter a excelência no trabalho, algo inquestionável se levarmos em conta os dois últimos anos. O retorno prático de todo esse empenho, entretanto, não parece acalentar, ao menos por hora, os corações dos aficionados vermelhos. Se antes aspiravam Ribery e Aguero, jogadores do primeiro escalão, agora direcionam as suas estimativas em torno de jovens e incógnitos talentos-casos de Valencia (ex-Wigan) e do sérvio Ljalic (ex-Partizan)- e até de quem nem está em sua plenitude atlética, vide Michael Owen.

Nomes e cifras que vão de contraponto aos anúncios feitos pelo Real Madrid no último mês. O que isso significa? Ainda não sei. Talvez um repente magnânimo do sempre prepotente emblema inglês em admitir atletas escusos ou longe de sua melhor forma. Ainda que apresente ao mundo um time com notáveis lacunas e sem o mesmo brilho de antes, acho crível que o United pulule como franco pleiteador ao tri nacional e demais torneios domésticos.


Ricardo Gomes

quarta-feira, 24 de junho de 2009

No lo puede creer


Incrédulos estão os espanhóis, estadunidenses e demais cidadãos que formam a grande e aficionada bolha futebolística deste planeta.
O que se viu na tarde desta quarta foi um daqueles acontecimentos memoráveis, para se registrar nos anais do desporto global. A Espanha, com todo o seu luxo, caiu de maneira desmoralizadora diante de um oponente sem qualquer faculdade e/ou perfil para pleitear a distinção de favorito ao título da Copa das Confederações ou seja lá qual for o certame.
Praticantes históricos do futebol insosso, porém, algumas raras vezes contundente, os EUA tiveram a dignificante missão de recolocar, ao menos por um efêmero período, o selecionado espanhol em seu devido lugar de refugador em competições de peso.
É legítimo a “Fúria” gabar-se de seus 993 dias sem conhecer o amargo gosto da derrota, marca de difícil acesso. Proporcionalmente difícil também é lembrar que o longevo período de invencibilidade foi corrompido de forma acachapante, perante um rival notadamente inferior, e em um torneio que selaria em definitivo a auto-afirmação dos atuais campeões europeus a menos de um ano da Copa do Mundo.
Portanto, viva Altidore, viva Dempsey, improváveis merecedores de nossas sinceras palmas.


Ricardo Gomes

A saga "o coringão voltou" vira história em quadrinhos


O dia 02 de dezembro de 2007 ficará para sempre na memória do corintiano. A data marcou o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro, uma página negra na história do clube.
Já o ano de 2008 marcou a união da torcida pelo resgate da dignidade corintiana. Campanhas foram criadas e a corrente se fortaleceu cada vez mais. Os gritos (antes de protesto) se tornaram incentivos. Não pára, não pára, não pára!

Em 38 jogos na Série B foram: 25 vitórias, 10 empates e apenas 3 derrotas. Desta forma a equipe voltou ainda mais fortalecida para 2009, e de quebra abocanhou o título paulista de forma invicta.

Todos os feitos (do rebaixamento à ascensão) serão contados no formato de histórias em quadrinhos (estilo mangá), em parceria recém anunciada entre o departamento de marketing do clube e a Editora BB. A publicação estará nas bancas a partir de julho e terá preço acessivel. A princípio serão produzidas duas versões, uma com capa dura (vendida em livrarias) e outra convencional (vendida em bancas de jornais).
A iniciativa parece mais uma boa saída para o marketing alvinegro, porém os desenhos carecem de aprofundamento maior, uma vez que os traços são confusos. Os jogadores são muito parecidos e Mano Menezes está loiro e com muito cabelo. Apesar dos erros e acertos aí fica uma boa pedida aos corintianos e amantes de quadrinhos.


Diogo Patroni

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Por que Muricy caiu


Talvez o leitor já esteja cansado de acompanhar a repercussão do "Adeus Muricy", mas não podemos deixar tal fato escapar. A diretoria do São Paulo sempre fora muito elogiada pelos acertos, porém agora cometeu um dos maiores erros e deu mostras de total desrespeito.

É certo, que o carrancudo treinador não possui o perfil do "gentleman" idealizado pelos senhores do Morumbi. É certo que Muricy perdeu quatro Libertadores (e para times brasileiros). Mas é certo também que ganhou três Campeonatos Brasileiros (em sequência) e sem o tradicional meia de ligação.

Durante pouco mais de três anos e meio no comando da equipe o treinador se viu obrigado, na maioria das vezes a arrumar soluções na base do improviso. Foi assim com Richarlysson, (ora lateral, ora volante), com André Dias (zagueiro e lateral), Jorge Wagner, (de lateral a meia armador). O técnico parecia ter achado a fórmula do sucesso, uma vez que criou uma equipe "quase" que imbatível no cenário nacional e revelou jogadores como, Breno, Alex Silva, Jean e Hernanes.

O último nome parecia ser a jóia rara e que geraria cifras aos dirigentes tricolores. Mas tanto treinador, como jogador acabaram vítimas do insucesso de sua própria diretoria. O São Paulo-09 ainda carecia do tal meia, mas para os senhores da razão "o jovem talento da camisa nº 15 é habilidoso e tem bom passe, o treinador com certeza vai dar um jeito nisso e colocá-lo no meio, assim não precisamos contratar".

Ledo engano, Hernanes é volante de vocação e neste ano não foi bem e conseqüentemente a equipe também não rendeu o esperado na mão de Muricy. O São Paulo sucumbiu diante de suas próprias limitações (ignoradas pela sua diretoria) e também pela prepotência exacerbada ao pensar única e exclusivamente na Libertadores. Desdenhou o Campeonato Paulista e caiu vexatoriamente diante do rival, mas mesmo na competição sul-americana a equipe não dava mostras de sucesso.

No entanto, a maior crise ainda estaria por vir, Washington foi contratado como o salvador da pátria, porém tal fama gerou ciúmes dentro do elenco, Borges, Dagoberto e até André Lima se voltaram contra o "coração-valente". O resultado foi uma queda de produção acentuada do jogador e do elenco.

A situação ficou incontrolável dentro dos vestiários, mesmo assim a diretoria não garantiu nenhum respaldo ao técnico. Em todas as alterações do comandante alguém sempre saía de cara feia. Jorge Wagner foi para o banco, assim como Hernanes (a tal esperança).

Na última quinta-feira, após a derrota para o Cruzeiro a diretoria garantiu que o treinador “estava prestigiado”. Na linguagem do futebol significa: “se perder mais uma, ele caí”. Mas não foi preciso novo jogo e na sexta-feira, Muricy Ramalho deixou o comando do São Paulo Futebol Clube.

A surpresa foi a rapidez no anúncio do novo comandante, em menos de 12 horas, Ricardo Gomes já era dado como substituto. Com certeza, o politizado ex-zagueiro, já estava apalavrado com os senhores do Morumbi. Ou seja, restava apenas a queda do atual para que ele assumisse. Mas nos bastidores os questionamentos são outros, uma vez que o Morumbi está ameaçado de não sediar a Copa do Mundo de 2014, sendo assim Ricardo Gomes teria um bom relacionamento com o outro Ricardo, o Teixeira, em virtude de sua mulher ser filha do mandatário da CBF e uma das responsáveis pelos projetos para 2014.

É clara e notória que as pressões para o estádio sediar a copa são grandes. Donos de camarote reclamam que precisam receber o que pagaram pelo espaço. Desta maneira Juvenal Juvêncio deverá concentrar todos os investimentos no Morumbi, deixando o futebol em segundo plano.

Portanto quem pagou foi o técnico turrão que não se envolve em política e que dá a cara para bater. Que as perspectivas em torno da contratação de Ricardo Gomes não se confirmem, senão mais uma vez o futebol vai perder para o tal jogo de cena de nossos “senhores do ar-condicionado”.
Diogo Patroni

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Um substituto para Cristiano Ronaldo


Se a diretoria do Manchester United oficialmente ainda não iniciou a sua peregrinação atrás de alguém para ocupar a lacuna (e que lacuna!) deixada pelo gajo, que se debandou para o Real Madrid, o The Guardian se dispôs a ajudar e garimpou seis nomes potencialmente interessantes para Sir Alex Ferguson e companhia. São eles: Franck Ribery, David Villa, Aguero, Valencia (Wigan), Benzema e Javier Pastore, do Huracan.
Dos figurões citados na relação divulgada pelo tablóide, o francês Franck Ribery me parece ser a aposta mais indefectível.
Veloz, regateador, e cada vez mais emergente como uma das grandes estrelas do futebol mundial, Ribery atende a todos os requisitos para a posição de “ponteiro” dos Red Devils. Um dos grandes entraves na transação seria o alto valor imposto ao craque, que gravita em torno dos £ 50 milhões.
Caso as sondagens pelo camisa 7 do Bayern Munchen não avancem, uma boa alternativa seria a de investir em Antonio Valencia, equatoriano que foi um dos pilares da boa campanha do Wigan na última Premier League. Kun Aguero, Villa e Benzema me parecem candidatos a uma vaga no ataque, faixa em que acirrariam disputa pela titularidade com Rooney, Berbatov e, por enquanto, Tevez. Quanto ao argentino Javier Pastore, prefiro não emitir qualquer juízo, já que ainda não o vi atuar. Interessante notar ainda que, na mesma nota, o The Guardian crava os brasileiros Nilmar e Douglas Costa (Grêmio) como possíveis “contratáveis” pelo atual campeão inglês.


Ricardo Gomes

terça-feira, 2 de junho de 2009

Cadê o chinelo?

Adriano continua aprontando das suas. No domingo logo após o gol marcado na reestréia com a camisa rubro-negra diante do Atlético-PR, o imperador (agora Rei do Rio) caiu nas graças da massa. O Maracanã recebeu mais de 70 mil pessoas e antes da bolar rolar o espetáculo foi da torcida.

Tudo maravilhoso, Adriano marcando na volta e o Flamengo retomando o caminho da vitória e a torcida com boas perspectivas para o futuro. Mas foi só o domingo passar que o "velho" Adriano voltou a tona mostrando sua face indiscplinada.

O jogador não apareceu para treinar na segunda-feira e hoje a justificativa foi falta de comunicação com a diretoria. Será?

Pelo visto o ano será cheio de "imprevistos" na Gávea e se Adriano ganhar regalias quem perde é o Flamengo. Então um conselho ao imperador que esqueça os devaneios alheios e se concentre única e exclusivamente no futebol. Alô Adriano está me ouvindo?


Diogo Patroni

quinta-feira, 28 de maio de 2009

curta o hino do campeão

Tot el camp,
és un clam
som la gent blaugrana,
Tant se val d'on venim
si del sud o del nord
ara estem d'acord, ara estem d'acord,
una bandera ens agermana.
Blaugrana al vent,
un crit valent
tenim un nom, el sap tothom:
Barça , Barça, Baaarça.!

Jugadors,
seguidors,
tots units fem força.
Son molt anys plens d'afanys,
son molts gols que hem cridat
i s'ha demostrat, i s'ha demostrat,
que mai ningu no ens podrà torcer
Blaugrana al vent,
un crit valent
tenim un nom, el sap tothom:
Barça, Barça, Baaarça.

Confira abaixo o hino cantando pela torcida no Nou Camp:



Mes que un club-O dono da Europa

Mais uma Champions League chegou ao fim, na última quarta-feira, e como não podia de ser com a pompa de sempre . Quem não se emociona ao ouvir aquele hino?
"Die Meister, die Besten, les meilleurs equipes, the champions"
Manchester e Barcelona era a final dos sonhos (a mais aguardada por todos), talvez tal expectativa gerada tenha sido frustrante em termos futebolísticos. A começar pelo Manchester United, completamente descaracterizado com o fardamento branco.
A partida começou estudada e com um leve domínio inglês, mas no primeiro ataque catalão gol de Eto'o, um a zero Barça. A partir daí o que se viu foi um descontrole total da equipe comandada por Alex Fergunson, o meio de campo não combatia e não apoiava, Rooney estava sumido e talvez o único lúcido fosse o gajo Cristiano Ronaldo, porém este estava sozinho.
No segunto tempo o Barcelona apenas administrou e em noite inspirada Xavi encontrou Messi, que fez o primeiro gol de cabeça com a camisa azulgrená. Vitória do futebol mais empolgante e envolvente, vitória de Pep Guardiola, um técnico novato e destemido. Vitória de Puyol, capitão polivalente. Vitória de Xavi e Iniesta, meias fundamentais e cujos papeis são de meros coadjuvantes. Vitória mais do que merecida de Lionel Messi, talento argentino que foi desprezado nas categorias de base do River Plate e hoje se consagra como o melhor do mundo. Vitóriada da gente azulgrená.
Diogo Patroni

terça-feira, 26 de maio de 2009

Desnecessário...



Despedida com festa e pompa a uma das maiores bandeiras da história do Milan. Solene, assim, foi o ato que sucedeu a partida entre o gigante rossonero e a Roma-3 a 2 para o emblema da capital-, no estádio San Siro, em homenagem ao indelével Paolo Maldini.

Tudo ia bem. Simpático, “o eterno 3” saudava atenciosamente a todos que lhe apareciam pela frente, distribuia sorrisos e parecia fazer uma força homérica para conter as inevitáveis lágrimas. Eis que surge Leonardo, diretor de futebol do Milan, que tenta, em vão, afagar il capitano.
A resposta ao pressuposto abraço do brasileiro você vê na montagem de fotos acima. Segundo a imprensa esportiva italiana, o destempero de Maldini se deve a forma como Leonardo ciceroneou o processo da possível saída de Carlo Ancelotti-posto que o ex-flamenguista deverá ocupar a partir de junho.

Eu, sinceramente, qualifico o episódio como desprezível, completamente insignificante dada a grandiosidade do momento. Mas, como criar celeumas não é nada inglório para os sensacionalistas de plantão, aguardarei o desenrolar da história.


Ricardo Gomes

domingo, 17 de maio de 2009

O campeonato ainda não começou

Após o término, da segunda rodada, do BR-09 chego a conclusão que de fato a competição só vai começar com o término da Libertadores e Copa do Brasil. Os grandes ainda não mostraram sua cara, mas sei que muitos vão me contradizer e perguntar: e o Internacional não é líder?
Sim de fato é, porém em um campeonato de pontos corridos nem sempre aquele que sai na frente é campeão (lembrem-se dos cavalinhos do Fantástico).
É notório que São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Cruzeiro, Flamengo e Grêmio, ainda não entraram em campo. O São Paulo se perdeu totalmente com a pausa forçada na Libertadores, não fosse André Lima impedido (o quinto irregular em seis tentos marcados), o tricolor amargaria mais uma derrota. Já o Corinthians, em jogo sonolento deu mostras de que só pensa na Copa do Brasil e o preciosismo de André Santos falou mais alto. O Palmeiras sequer fez frente aos reservas colorados, com mais uma atuação discretissíma da dupla batalha naval, K9 e CX10. O Flamengo não sabe o que é balançar as redes, o Cruzeiro perdeu por 2 a 0 (no esmaga sapo dos Aflitos) e o Grêmio foi garfado no Mineirão.
Na Vila Belmiro, a torcida e Fábio Costa deram mostras de destempero e irracionalidade. A primeira por ostilizar o polivalente Mádson, apenas por ele ter guardado a camisa que ganhou de Ronaldo. Enquanto o arqueiro valentão proferiu "elógios" sem sentido ao jovem Paulo Henrique, culpando-o pelo empate em 3 a 3, diante do Goías.
Certamente este será um campeonato atípico. Hoje estariam rebaixados, Corinthians, Atlético-PR, Coritiba e Flamnego. Muito cedo para qualquer prognóstico, não?

Diogo Patroni

domingo, 10 de maio de 2009

E deu Brasil, mais uma vez...

Sem muito alarde, a seleção brasileira sub-17 faturou, pelo terceiro ano seguido, o título do Sulamericano da categoria, o nono em sua história. Embora a conquista só tenha sido consumada após uma angustiante disputa por pênaltis, o percurso para lograr tal designação, todavia, não foi dos mais traumáticos. Hegemônico durante a fase de apuramento, a equipe tutelada pelo estimado Lucho Nizzo não precisou fazer muita força para bater Paraguai, Peru e Bolívia. O único tropeço tupiniquim nos acidentados gramados da cidade chilena de Iquique, sede única do certame, ocorreu ante a Colômbia, revés obtido mais às custas da indolência dos atletas brasileiros do que por alguma inferioridade técnica.
O duelo derradeiro contra a Argentina não contrariou os meus prognósticos. Acirradíssimo, o cotejo sintetizou a campanha de ambos os emblemas durante o torneio continental. O Brasil, municiado por Phillipe Coutinho e Wellington, sempre foi salientemente mais técnico que seus rivais. A formação albiceleste, por sua vez, destacava-se mais pelo espírito beligerante e destemido. A vitória brasileira por 6 a 5 nos penais premiou uma geração que emerge envolta por grandes expectativas. O por enquanto vascaíno Coutinho é promessa de craque. Wellington (Fluminense), Zezinho (Juventude), Dodô (Corinthians) e o capitão Gérson (Grêmio) foram gratas aparições. Já pelos quintais vizinhos, a considerar o uruguaio Barreto, o peruano Arroe (como joga esse rapaz!) e o colombiano Edwin Cardona. Causou-me frustração, porém, assistir a mais uma pálida atuação de uma seleção de base argentina. Pródiga em revelar bons nomes em disputas do gênero, nossos queridos irmãos ficaram devendo bom futebol, a exemplo do que acontecera há pouco mais de três meses, na maculada trajetória no Sulamericano Sub-20.


Ricardo Gomes

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Campeonatos estaduais e reflexão para o Brasileiro

Primeiramente gostaria de parabenizar todos os campeões estaduais Brasil à fora. Muitos questionam a qualidade dos torneios regionais, e alegam que não é parâmetro para a temporada, algo plenamente justificavel. Mas o estadual ainda conserva aquela mística da rivalidade (sadia) entre as equipes da mesma cidade.
A edição de 2009 teve um diferencial em relação as demais, com quatro campeões invictos (Internacional-RS, Corinthians-SP, Cruzeiro-MG e Sport-PE).
No Rio Grande ficou evidente que o Colorado possui uma excelente equipe, disposta a ganhar tudo no ano de seu centenário. Em São Paulo, Mano Mezes finalmente encontrou o Corinthians "ideal, na 2ª fase, além é claro da volta triunfal do Fenômeno Ronaldo. O Corinthians vem forte, entrentanto ainda pode esbarrar na limitação de seu elenco e no escarcel da mídia.
Em Minas, o incompreendido Adilson Batista acertou ao manter a base celeste. Hoje sua equipe joga o melhor futebol do Brasil, mas o fato desse Cruzeiro ser formado por jovens pode pesar na decisão.
O Leão da Ilha (a exemplo do Internacional ) foi campeão com o pé nas costas, porém na Libertadoes a história e outra e a camisa pesa (e muito). Por não ter marcado fora de casa, contra o Palmeiras, o Sport poderá dar adeus a competição continental mesmo jogando na Ilha de Lost (como diria Xico Sá).
No mais está tudo igual Botafogo e Atlético-MG, mais uma vez podem dar as mãos e comemorar o vice (denovo). Grêmio, São Paulo e Palmeiras apostam tudo na Libertadores e certamente brigarão pelo título do BR-09. Já o Flamengo esse sim tem um grande adversário, o próprio Flamengo e com Adriano então, não sei não é muito folclore para pouco futebol na Gávea.
E assim caminha o glorioso futebol brasileiro. Espero que em dezembro não tentem derreter o trófeu novamente.
Um bom campeonato a todos.
Diogo Patroni

O Kemari voltou

Caros amigos e leitores,

Digo-lhes com muito prazer que o blog voltou a funcionar. Nós ficamos parados em razão de alguns compromissos profissionais dos membros da equipe, e também por superstição futebolística. De agora em diante voltaremos com carga total e os colaboradores prometem não abandonar o barco.

Como diz o canto de uma torcida "Eu Nunca Vou te Abandonar"

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Exemplo de antiprofissionalismo

Já deu. Não dá mais para aguentar os melindres de Adriano (ex-imperador), o jogador dá exemplos de como ser antiprofissional, com suas atitudes infantis e impensadas. Se Adriano não quer mais os luxos e devaneios de Milão, então que seja homem e avise seus patrões na Inter.
Imaginem se sumíssemos do trabalho por uma semana? Ficaria caracterizado como "abandono de emprego" (conforme a CLT) e na certa seria demissão por justa causa, ou seja sem nada a receber.
A Inter de Milão é uma instituição gloriosa e não pode ficar a mercê de alguém que não ganhou nada e caiu na tentação e nos deslumbres da fama. Adriano resolveu aparecer porque viu que estava complicando sua imagem, pois muitos até o ligaram com tráfico. Se o jogador se "considera" um doente então que vá buscar tratamento, mas brincar de ser atleta e escolher onde quer jogar? Jamais!!
Agora, cabe a Dunga nunca mais o convocar e dar chances para aqueles que ralam, suam e treinam o dia inteiro. Keirrisson, Nilmar e até Ronaldo (ainda não é o momento) certamente merecem maior reconhecimento para vestirem a "amarelinha" (como diria Zagallo).
Agora, Adriano merece desprezo como profissional de futebol e todo cuidado com tratamentos psiquiátricos.


Diogo Patroni

quinta-feira, 26 de março de 2009

Muita calma com Neymar

Que Neymar será um belíssimo jogador não há o que duvidar, mas primeiro é necessário certa cautela no trato com a nova jóia praiana. Neymar é um jogador ainda no corpo de um menino de 17 anos, com uma musculatura frágil e físico limitado. No entanto, há pouco mais de sete anos a Vila Belmiro revelou para o mundo um camisa sete franzino, habilidos e lépido que só.
O garoto de 2002, cresceu, conquistou fama, ganhou dinheiro e como todo craque se meteu em algumas confusões. Hoje é praticamente moeda de troca no seu clube, uma vez que ainda não correspondeu aos petródoláres desembolsados para a sua contratação.
Neymar está começando a carreira e ao que tudo indica parece ter cabeça boa, mas por favor não o comparem com Robinho, Pelé, Edu ou Durval, ele é simplesmente Neymar da Silva Santos Júnior.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Mais Grafite!

Ahh, antes que eu me esqueça, achei por acaso uma relação com os dez melhores marcadores na Europa na temporada 2008/2009, onde Grafite ocupa a honrosa oitava colocação.
Faltando pouco mais de três meses para o término dos torneios domésticos no Velho Continente, será que dá para enquadrar o brasileiro como sério candidato à Chuteira de Ouro? Não custa nada conferir...
Abaixo, a ilustre listinha:

1. Marc Janko, Red Bull Salzburg, 33 gols
2. Samuel Eto'o, FC Barcelona, 25
3. David Villa, FC Valencia, 19
3. Marco di Vaio, FC Bologna, 19
3. Diego Forlán, Atletico Madrid, 19
3. Zlatan Ibrahimovic, Internazionale, 19
3. Lionel Messi, FC Barcelona, 19
8. Grafite, VfL Wolfsburg, 18
8. Vedad Ibisevic, 1899 Hoffenheim, 18
8. André-Pierre Gignac, FC Toulouse, 18


Ricardo Gomes

Grafite e o gol


E não é que Grafite, aquele medíocre avante que saiu achincalhado do São Paulo em 2007 tornou-se no último sábado (21) o dono da melhor média de gols da história da Bundesliga! O feito por si só já é louvável, mas o que o torna ainda mais consagrador é o fato do brasileiro ter superado ninguém menos que Gerd Müller, um dos mais letais atacantes em todos tempos. Segundo levantamento do “Bild”, o índice do camisa 23 do Wolfsburg é de um gol a cada 72 minutos- assinalou até o final da 25ª rodada 18 tentos em 16 aparições na liga local, dividindo a artilharia com o bósnio Ibisevic. Já o lendário Müller (segundo maior artilheiro da história das Copas do Mundo), acumulou na época 1971/72 a média de um gol a cada 77 minutos- na ocasião, balancou a rede em 40 oportunidades pelo Bayern de Munique. Os gols em profusão do ex-são- paulino em terras germânicas surpreendem muita gente por aqui e já alimentam conjecturas acerca da qualidade do futebol jogado no país três vezes campeão mundial. Eu não coloco em dúvida a fase ímpar de Grafite que, além da frieza no momento da finalização, mostrou-se ser um eficiente construtor de jogadas, haja vista as inúmeras tabelas com o seu parceiro de ataque, o eslovaco Dzeko. Quanto ao Campeonato Alemão, me limito a dizer que é disparado o certame mais divertido de se acompanhar no momento, seja pela vocação de suas equipes a ofensividade (até os times pequenos são atrevidos) ou simplesmente pelos comentários impagáveis de Gerd Wenzel nos canais ESPN.


Ricardo Gomes

quinta-feira, 19 de março de 2009

Especial Clubes

A partir de agora este blog inicia um especial voltado para os clubes. Caro leitor, você poderá nos enviar um texto contando a história de um clube, seleção, ou jogador.
O primeiro post da seção é de Rodrigo Furlan, colaborador deste blog, corintiano de coração, apaixonado por golfe e admirador do Tottenham Hot Spurs.

Tottenham Hotspur Football Club

"Não sou daqueles que gostam de dizer que têm times de coração em todos os lugares – particularmente, acho estranhíssimo, aliás, quem diz torcer por uma equipe em cada estado brasileiro, por exemplo. Sou corintiano devoto, mas só tenho alguma simpatia pelas equipes menores de São Paulo, como a Portuguesa ou o Juventus.
O mesmo se aplica no caso de clubes do exterior. Nesse caso, no entanto, duas exceções: uma delas é o Sporting, em Portugal. A outra, dá início a esta série de especiais, que englobará não somente clubes, mas também seleções, jogadores e partidas históricas".

História
No norte de Londres, pelos idos de 1882, um grupo de jovens, parte deles vinda do clube de cricket local e outra parte de estudantes de Gramática, deu início à história do Hotspur FC, com o intuito de entrarem de cabeça no ascendente mundo do futebol.
Dois anos depois, o nome da agremiação sofreria uma alteração que dura até os dias de hoje, sendo sinônimo de tradição e glórias: Tottenham Hotspur.
Àquela época, o primeiro uniforme dos Spurs era formado por camiseta e calções azuis-escuros, o que se modificou em 1887 para azul-claro e, em 1890 para um conjunto formado por camisetas vermelhas e calções azuis-escuros.

A primeira partida do Tottenham foi disputada em 1885, quando o jovem clube londrino enfrentou e venceu o St. Albans por 5 a 2, na disputa de um torneio na capital inglesa.
O amadorismo deu rapidamente espaço para o profissionalismo, já no ano de 1895. Na temporada seguinte, primeira disputa oficial: Divisão Um – Liga Sul. A essa altura o Tottenham ostentava uma combinação nova de cores: dourado e marrom.

O Marshes foi o primeiro local a receber as partidas do clube, até 1898, quando o Tottenham assumiu o Northumberland Park, onde chegou a abrigar partidas com 14 mil espectadores – número altíssimo para o final do século XIX.

Não satisfeita com o espaço, a direção da equipe tomou uma postura ousada já no ano seguinte, ao se transferir para o espaço que hoje é conhecido como White Hart Lane, estádio com capacidade para 36 mil fãs.

O primeiro título veio em 1900 – a Liga Sul, imediatamente seguido, em 1901, pela conquista da Copa da Inglaterra, o mais tradicional torneio de futebol do planeta. Esta foi a única ocasião em toda a história na qual um clube não-filiado sagrou-se campeão da competição.
Depois desse sucesso meteórico, o Tottenham continuou a subir, mas com menor velocidade. O ápice foi a chegada à Primeira Divisão inglesa em 1909, de onde seria rebaixado em 1915 e para onde só voltaria em 1920.
Com mais algumas idas e vindas, o clube alcançou em 1938 o recorde de público numa partida, que perdura até hoje: 75.038 pessoas, no jogo contra o Sunderland, válido pela Copa da Inglaterra.
O primeiro título do Campeonato Inglês veio para o Tottenham em 1951. Dez temporadas depois da conquista, outro marco na história do clube: tornou-se o primeiro a faturar a “dobradinha” (títulos do Campeonato Inglês e da Copa da Inglaterra) no século XX.

Os troféus internos se tornaram uma constante para os Spurs – desde então, foram mais cinco Copas da Inglaterra (1962, 1967, 1981, 1982 e 1991) e quatro Taças da Liga Inglesa (1971, 1973, 1999, 2008). No entanto, as fronteiras da Inglaterra ficaram pequenas e o sucesso ganhou o continente.

Já em 1963, o Tottenham se tornou o primeiro clube inglês a vencer a Copa dos Campeões da Europa, competição disputada apenas pelos vencedores das Copas dos países e que foi extinta na temporada 1998-99. Dois títulos da Copa da UEFA, em 1972 e 1984, colocaram definitivamente a esquadra do White Hart Lane no cenário mundial do futebol.

Desde o início da Premiership/Premier League, em 1992, os tempos do Tottenham se tornaram menos vitoriosos – em duas décadas, somente dois títulos da Taça da Liga Inglesa – mas longe de apequenar a história de um dos clubes mais tradicionais do planeta.

Principais craques
Gary Lineker – o mais conceituado atacante inglês da década de 80 atuou 138 vezes com a camisa do Tottenham, marcando impressionantes 80 gols. Durante sua passagem os Spurs venceram a Copa da Inglaterra em 1992.

Glenn Hoddle – tido como o jogador inglês mais talentoso de sua geração, Hoddle vestiu o manto dos Spurs em 12 temporadas – entre 1975 e 1987. Levantou duas Copas da Inglaterra e uma Copa da UEFA, pavimentando seu caminho para as 53 convocações para a Seleção.

Terry Dyson – o baixinho de 1m62 marcou sua passagem de 10 anos pelo Tottenham sendo o lépido meio-campista que jogava pelas alas (o famoso winger) da equipe campeã da “dobradinha” de 1961.

Curiosidades
- O mascote do Tottenham é um galo
- Boa parte da torcida do clube é formada por judeus, o que, historicamente, propiciou atos anti-semitas contra esses torcedores
- O primeiro patrocínio do clube – da cerveja Holsten – surgiu apenas em 1983, nada menos do que 101 anos após a sua fundação.
- Está prevista a construção de um novo e maior estádio para o Tottenham até 2012, ano dos Jogos Olímpicos de Londres, nas imediações do White Hart Lane.
-O primeiro jogo diante do maior rival do clube, o Arsenal, foi jogado em 1887 e não terminou. O motivo? Falta de luz natural – os Spurs venciam por 2 a 1.
- Além do Arsenal, as grandes rivalidades do Tottenham ficam com o Chelsea e o West Ham.
- A receita obtida do primeiro jogo em White Hart Lane, um amistoso contra o Notts County, em 1899, foi de 115 libras.


Rodrigo Furlan

quarta-feira, 18 de março de 2009

Virou rotina

A briga por ingressos é algo que nos envergonha cada vez mais. O resultado é fruto do amadorismo e despreparo dos dirigentes, que mentem descaradamente para o torcedor.
Tanto Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo não ganharão nada em restringir os dez por cento aos adversários. Medidas como essa não promovem o espetáculo e sim a violência, o ódio e o rancor. O futebol fica em segundo plano e mais uma vez os jogadores entrarão em campo com o espírito armado e prontos para uma guerra (excessão feita a Escudero).
O bate-boca entre cartolas é repugnável é reflete exatamente o baixo nível em que se encontra o futebol brasileiro.
Será que em 2014, os argentinos também deverão se contentar com os dez por cento?
Isso é, se a Copa for aqui
Diogo Patroni

sábado, 14 de março de 2009

Agora é tarde

Desde o início o embate entre Manchester United x Liverpool, em Old Trafford parecia ser disputado, e como a maioria dos clássicos decidido nos detalhes. Os visitantes marcavam a saida de bola adversária, enquanto o Manchester apostava na velocidade de Carlitos Tevez e Rooney. No momento em que o Liverpool parecia estar melhor, Park é derrubado na área. Cristiano Ronaldo cobra e abre o placar para os Devils.
Com o resultado o United abriria dez pontos para o rival (e ainda com um jogo por fazer). Título mais do que certo, até que aos 27 minutos o excelente zagueiro Nemanja Vidic falhou bisonhamente na frente de Fernando Torres, que não perdoa. Gol do Liverpool. A partir daí os "reds" tomaram mais coragem e Gerard passou a jogar mais solto no meio. A virada veio aos 42 minutos da primeira etapa, em penâlti cometido por Evra no capitão. Ele mesmo bateu e converteu.
No segundo tempo a equipe de Alex Fergunson se lançou ao ataque, mas sem sucesso. Já o Liverpool abusava dos contra golpes. Após outra furada de Vidic, Gerard sofreu falta, mas desta vez Fábio Aurélio bateu com perfeição. Os reds ainda fizeram mais um com Dossena.
A vitória do Liverpool significou a perda da invencibilidade de 16 jogos dos "devils" na temporada, além da quebra do tabu de cinco anos sem vencer o Manchester, no "Teatro dos Sonhos". Destaque para a excelente atuação de Fábio Aurélio (que anulou o português Cristiano Ronaldo) e sequer foi convocado por Dunga, opá.
Apesar do tropeço é muito díficil tirar o título do United.
Diogo Patroni

quarta-feira, 11 de março de 2009

A crise de la diez

A declaração mais do que bombástica de Juan Román Riquelme, (ex-dono da camisa dez da seleção argentina) surpreendeu a todos. Román sempre foi conhecido por seu comportamento temperamental no qual não aceita críticas.
Um dos raros meias do futebol mundial, o craque do Boca Juniors ás vezes demonstra certa insegurança (foi assim no Barcelona e Villareal). Riquelme é um jogador diferenciado e com uma habilidade extrema, mas seu melíndre lhe atrapalha.
Na Argentina a maioria alega que "és muy habilidoso, pero no corre". Talvez seja este o principal motivo da crítica de Diego Maradona, camisa dez dos bons e ídolo maior do país (junto com Gardel e Evita).
No Brasil, o mesmo se assemelha à Alex e Rivaldo, outros excelentes camisas dez. Ambos ficaram fadados ao sucesso na seleção por nao suportarem críticas e por terem se escondido em times de pouca expressão. Rivaldo foi um dos melhores na Copa de 2002 é verdade. Mas e depois? Sumiu.
A seleção alvi-celeste vai sentir falta de Román, mas o próprio jogador sofrerá mais. Maradona como atual comandante (mesmo que fanfarrão) tem todo direito de dar pitacos no trabalho de seus jogadores. Agora se Riquelme não aceita, então pede pra sair!!
Diogo Patroni

terça-feira, 10 de março de 2009

Homem verde na seleção

Dunga continua buscando incessantemente novas invencionices para o selecionado nacional. O nome da vez é o jovem atacante brasileiro Hulk, de apenas 22 anos, que atua pelo Porto, de Portugal. Segundo o jornal luso “O Jogo”, o técnico se impressionou com a velocidade e o poderio de finalização do avante, quase que um emulado de Adriano, já que ambos são canhotos, corpulentos e dotados de uma força tremenda nos disparos a gol. Honestamente, pelo que bisbilhotei em alguns jogos da equipe portista pela liga local e também na Champions League, não creio que Hulk, como Givanildo Vieira de Souza é carinhosamente apelidado, seja mais um representante da famigerada estirpe “Afonso Alves” de atacantes. Mas, em contrapeso, me soa imprudente lançar mão de apostas a essa altura do campeonato, principalmente no ataque, setor em que, se não temos fartura, ao menos temos mão-de-obra qualificadíssima. Elencando só aqueles habitualmente convocados, como Robinho, Adriano, Luis Fabiano e Pato, quem poderia ser preterido para a entrada de Hulk? O engraçado é que a mais nova menina dos olhos de Dunga já foi inclusive comparado pela imprensa europeia a Ronaldo, algo sempre recorrente no Velho Continente. Por enquanto, o preferível é continuar atento às exibições de Hulk com a camisola azul e branca ao longo das próximas temporadas.

Se você ainda não viu, nem ouviu falar de Hulk-o jogador, claro-confira no link abaixo alguns de seus highlights em campos portugueses:

http://www.youtube.com/watch?v=Vmue5M9oiYQ&feature=related


Ricardo Gomes

segunda-feira, 9 de março de 2009

A Volta do guerreiro (Parte II)

A esta altura todos já sabem o placar do clássico de ontem, e já estão cansados de tanta repercussão do gol anotado por Ronaldo Nazário de Lima. Portanto, nobre leitor não vou fazer mais uma resenha da partida, e sim dedicar algumas palavras a ressureição do Fenômeno.
Ronaldo havia feito boa estréia contra o Itumbiara, na última quarta-feira, entretanto alguns ainda ousaram lhe criticar desedenhando de sua forma física. Mas diante de tantas adversidades já superadas, esta parece ser a menor delas.

O maior artilheiro de todas as Copas, novamente entrou para a história ao marcar um gol em um clássico e ainda no último minuto. Gol este que emocionou não só coriantianos, mas sãopaulinos, santistas, flamenguistas, gremistas a até os próprios palmeirenses. Por que não?

Quis o destino que o camisa nove alvinegro estivesse ali naquele instante. Ronlado é predestinado e o fruto de sua dedicação e força de vontade é o gol, que sensibiliza o mundo inteiro tornando-o num Fenômeno midiático e de marketing. Como diz uma propaganda publicitária.

Bem vindo guerreiro!!!

Diogo Patroni

domingo, 8 de março de 2009

Antevisão do dérbi

Ronaldo e Keirrison à parte, Corinthians e Palmeiras prometem nivelar forças no clássico de logo mais, no estádio Prudentão, em Presidente Prudente. Não sou muito afeito à velha teoria de que em clássico não existe favorito. Existe sim, seja o favoritismo em pequena ou larga proporção. Devido ao estilo rápido e impetuoso de jogo apresentado em grande parte desse Paulistão, o alviverde entra em campo com uma perspectiva de vitória timidamente maior que a do rival, que se apega à “atmosfera Ronaldo” para triunfar. A vantagem citada anteriormente, porém, é mínima, quase irrisória. Mesmo com o ótimo aproveitamento de 75,8 % na competição regional, o que lhe dá a segunda colocação na tabela, a equipe de Mano Menezes ainda não convenceu em 2009. Futebol burocrático, suplentes aquém da expectativa, centroavante estéril e um camisa 10 que parece indisposto a viver os seus melhores dias. Ainda que pareça unânime, esse é meu diagnóstico bem resumido acerca do que acontece com o atual campeão da Série B. A chance de desbravar um novo horizonte no torneio está logo ali para o Timão, basta interromper a indigesta sequência sem vitórias sobre o seu mais tradicional oponente, deleite que a fiel torcida não vivencia desde 2006. E vamos que vamos que o jogo já vai começar!


Ricardo Gomes

sexta-feira, 6 de março de 2009

A volta do guerreiro

A última quarta-feira (4) foi memorável, não só para a torcida do Sport Club Corinthians Paulista, mas sim para os amantes do futebol em geral. Aos 22 minutos do segundo tempo, todo o estádio JK (em Itumbiara), a cidade de São Paulo, o Brasil e o mundo vibraram. Sim, Ronaldo está de volta.
Em pouco mais de 27 minutos que ficou em campo, tabelou, deu passe, procurou o jogo, fez pivô e só não finalizou à gol porque Douglas não quis. É evidente que Ronaldo está aquém de sua forma física e que não têm o mesmo arranque de outrora. No entanto, é um jogador diferenciado e com uma inteligência e leitura de jogo afrente dos atletas comuns.
Ronaldo Nazário de Lima, não é Fênomeno por acaso, não é fênomeno por que é maquina, mas é fênomeno por que é esforçado, batalhador e ama aquilo que faz. O prazer de jogar futebol.

Diogo Patroni

quinta-feira, 5 de março de 2009

A estreia do Corinthians

Tônica dos primeiros meses de 2009, o Corinthians jogou pro gasto, o bastante para vencer um atrevido Itumbiara por 2 a 0 na abafada noite de quarta-feira (4) e garantir a passagem para a segunda etapa eliminatória da Copa do Brasil. Resultado esperado, ainda mais se tratando de duas equipes com qualidades tão díspares e realidades tão abissais. O tricolor goiano mostrou-se desde o início da peleja disposta a ditar o ritmo do jogo, imprimindo velocidade pelos flancos e abusando das investidas inócuas de Denílson. O Corinthians, por sua vez, espreitava de forma friamente calculada o ensejo se estocar o adversário, configurando-se em campo de forma a explorar os contragolpes. Quando a torcida que apinhava o Juscelino Kubitschek já se preparava para fazer a merecida pausa para o banheiro durante o intervalo, eis que Jorge Henrique fez valer talvez de sua única virtude: a de dissimular infração quando surge o natural entrevero com o oponente dentro da área. Êxito na missão! Bola na marca da cal, e Chicão, sempre ele, inaugura o marcador no último minuto da primeira etapa. O segundo tempo começa e o Timão, logo aos 4 minutos, acaba com a graça da partida. O lateral esquerdo André Santos, cada vez mais atacante, faz um belo gol com a destra. Daí em diante, pasmaceira... O alvinegro paulista teve ainda chances claras de ampliar a contagem, mas esbarrou no preciosismo de Douglas e Otacílio Neto. Honestamente, pelo que apresentaram os dois times, um placar mais dilatado que 2 a 0 já seria exagero. Vaga merecidíssima para Mano Menezes e seus comandados, que agora terão pela frente o Misto-MS. Ah, Ronaldo atuou os 27 minutos finais do encontro.


Ricardo Gomes

terça-feira, 3 de março de 2009

O dia em que o Palestra parou

A noite de 03 de março de 2009, com certeza ficará na memória do torcedor palmeirense por muitos anos. A derrota acachapante de 3 a1 sofrida diante do Colo-Colo (CHI), talvez entre para o ranking das mais detestáveis, somadas as derrotas para, Asa de Arapiraca (Copa do Brasil-02), o 7 a 2 do Vitória (Copa do Brasil-03) e a perda do título da Libertadores-00, para o Boca Juniors (nos pênaltis).
Hoje, tinha tudo para ser uma grandiosa festa, Palestra Itália lotado e a torcida incentivando desde o primeiro minuto. Mas eis que surge um argentino, Lucas Barrios (atacante camisa n°8). Barrios não só fez o gol que iniciou o desepero alviverde aos 43 minutos da primeira etapa, como deu o passe para o segundo (anotado por Torres).
No segundo tempo o Palmeiras caiu na sua própria armadilha ficando refém de seu desespero (ainda que sem causa). Durante a semana Luxemburgo deu declarações afirmando que este seria o jogo do ano para sua equipe. Fato que certamente desestabilizou seus jovens e inexperientes jogadores (em Libertadores).
Após o terceiro gol do Colo-Colo, aos 34 minutos da etapa final, o silêncio tomou conta das arquibancadas do Palestra Itália e a expressão de angústia dos torcedores se tornava mais evidente a cada passe errado. No final alguns ainda entoaram um coro ironizando as conquisas estaduais de Luxemburgo.
Agora é ganhar e ganhar seja contra Sport, LDU e Colo-Colo, mas o que não pode é todos considerarem novamente o jogo da vida.
Diogo Patroni

segunda-feira, 2 de março de 2009

Erros de apuração

Como jornalista (mesmo que ainda recém formado) me entristece ouvir algumas coisas. Não foi a primeira nem a última vez que presencio informações equivocadas no mundo esportivo.
Na sexta-feira passada Renata Fan, no Jogo Aberto disse que o Werder Bremen (que empatou com o Milan, em 2 a 2 no San Siro) se classificou por ter feito mais gols na casa do adversário. Até aí tudo bem, mas o equívoco aconteceu ao falar que o jogo de ida na Alemanha tinha sido 0 a 0. A partida na realidade foi 1 a 1.
Outro erro de apuração ocorreu durante a programação do Sportv, e no SPTV (da TV Globo). Os apresentadores de ambos programas falaram, afirmaram e ratificaram que o Corinthians enfrentou o Marília, em Presidente Prudente. Mas todos (nem todos) sabem que o mando de jogo era do Marília e que a partida foi disputada no Bento de Abreu, em Marília.
Esses são alguns de tantos exemplos. Já vi até chamarem o time pelo nome do estádio e por aí vai.
O que acontece com nossos colegas de imprensa?
Tudo bem que hoje as redações são mais corridas e dinãmicas, porém não justifica o erro de informação que acaba ludibriando o público.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Bye,bye

Neste sábado, mesmo sem jogar, o Manchester United viu o tricampeonato da Premier League cada vez mais próximo. Tudo graças há uma boa combinação de resultados.
O Liverpool teoricamente era o único rival direto dos "diabos vermelhos"na briga pelo título. No entanto, a equipe de Anfield Road desperdiçou uma grande chance de enconstar no United, em função da derrota por 2 a 0 diante do Middlesbrough (equipe que estava na zona de rebaixamento).

O Chlesea sofreu para vencer o Wigan por 2 a 1, em Stranford Bridge. A equipe do holandês Guus Hiddink fez uma exbição abaixo do esperado e não fosse o gol salvador de Lampard aos 45 minutos do segundo tempo, os blues somariam o décimo empate em casa na competição.

Já o Arsenal não consegue marcar gols e pela quarta vez consecutiva registrou o mesmo placar, desta vez o 0 x 0 foi contra o Fulham, no Emirates.

O Manchester United lidera comfortavelmente com 62 pontos, sete a frente de Chelsea e Liverpool e ainda com um jogo a menos. A equipe de Old Trafford ainda buscará mais título na temporada. A disputa em questão será a final da Carling Cup, neste domingo às 12h contra o Totenham, em Wembley.
Diogo Patroni

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Especulaciones (parte II)

Outro nome bastante aventado para o lugar do quase demitido Ancelotti é o de Roberto Donadoni, segundo manchetou a edição de hoje do jornal “La Gazetta dello Sport”.

A possível admissão do “aprendiz” de técnico e ex-jogador do Milan e da seleção italiana segue uma tendência mundial: a de grandes clubes (e seleções) apostarem cegamente em treinadores com pouca expressão profissional, mas que, enquanto integrantes de seus planteis como jogadores, fizeram acontecer.

Vale ressaltar também que a provável vinda de Donadoni-que concluiu melancolicamente a sua passagem como comandante da Azurra- já aponta para uma imediata, ainda que tardia, reformulação no elenco milanês, incluindo dispensas de jogadores e membros da atual comissão técnica.

Acompanhemos então desenrolar dessa novela, que parece ter um final já bem delineado caso a equipe do turrão Carlo Ancelotti sofra um novo revés no domingo, dessa vez frente a Sampdoria, em confronto válido pela Lega Calcio.
Ricardo Gomes

Especulaciones

Este será um post curto, cujo intuito é esclarecer uma dúvida.
Em meio aos pensamentos na noite de ontem (após a eliminação do Milan na Copa da UEFA) me veio a memória a idéia:
Será que pode pintar Felipão no Milan?
É claro que Ancelotti não continuará no comando da equipe e Scolari possui a admiração e o respeito das principais estrelas rossoneras. Os brazucas, Kaká, Ronaldinho e Pato com certeza adorariam a idéia. Outro ponto a favor de Felipão, no Milan diz respeito a forte ligação que ele mantém com o diretor Leonardo.
Com certeza polêmicas vão surgir e ai vocês acreditam?
Diogo Patroni

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Façam suas apostas

Chelsea e Juventus fizeram um jogo não fora do comum, uma vez que ambas equipes possuem características semelhantes. A marcação e o futebol pragmático de resultados é o trunfo, tanto de ingleses como de italianos. No entanto, o 1 a 0 dos "blues" chegou a ser um resultado espantoso (e ainda com gol de Drogba).
A equipe londrina não atravessa um bom momento, porém conseguiu segurar a pressão de "La Vecchia Signora". Mas no Delle Alpi, em Turim me arrisco a dizer: Juventus 2 a 0.
A surpresa da rodada certamente foi a vitória do Liverpool, ante o ex-galático Real Madrid. Os merengues vinham de boa recuperação no campeonato espanhol e depositavam todas as fichas na velocidade de Arjen Robben. Já os "reds" mostraram que existem certos times, com a cara de certos torneios (como o Grêmio no Brasil). O Liverpool soube neutralizar as principais jogadas dos espanhóis, e em belo cruzamento de Fábio Aurélio, Benayon literalmente achou o gol.
Agora, em Anfield Road ficará complicado para o Madrid, pois o golzinho fora do Liverpool lhe dá grande vantagem. Palpite: Liverpool 2 x 1 Madrid.


Diogo Patroni

Bayern soberbo; Villareal vacilante

Confesso que, mesmo em meus devaneios mais longínquos, não imaginaria que, diante da atual inconstância, o Bayern München fosse ser tão impiedoso a ponto de aplicar um sonoro 5 a 0 frente o Sporting Lisboa, em pleno José Alvalade. Goleada competentemente construída com tentos de Ribery (dois), Luca Toni (dois) e Klose.

Não precisa nem dizer que a expressiva vantagem construída pela equipe bávara já a qualifica para a próxima etapa da Champions League, possibilitando assim, uma maior economia de suas energias para a fase mais aguda da Bundesliga-campeonato que multiplica a cada rodada os postulantes ao título.

Engraçado que após as últimas apresentações capengas na liga domésticas, com derrotas seguidas para Hertha e Köln, a equipe comandada por Klinsmann reencontrou a exuberância de seu futebol (quase que uma antítese da essência ludopédica germânica) exatamente ante um rival embalado por bons resultados no campeonato português, incluindo o triunfo por 3 a 2 contra o arquirrival Benfica no último sábado, em um dos melhores jogos da temporada naquele país.

Já na outra partida “de fundo” da rodada de ida das oitavas, Villareal e Panathinaikos (do glorioso Gilberto Silva) fizeram um jogo dentro de suas expectativas e tradições no nobre interclubes europeu. Resultado: 1 a 1. O estrago para o “submarino amarelo” poderia ter sido bem pior no El Madrigal, não tivesse o prodígio italiano Giuseppe Rossi empatado a peleja na metade da etapa complementar. Antes disso, Karagounis já havia adiantado os visitantes no placar ao anotar, com um petardo, o gol inaugural do confronto. Desta feita, me parece muito palpável a classificação do Pana, feito que seguramente seria apoteótico para o decadente futebol grego.

Ricardo Gomes

A retranca de Ancelotti

Milan e Werder Bremen fizeram dois grandes jogos pela 2ª fase da Copa da Uefa. Na partida de ida, em Bremen os "rossoneros" abriram o placar com Pipo Inzaghi e tiveram ínumeras chances de aumentar o placar. No final Diego fez um belo gol e decretou a igualdade no marcador.
Já no jogo de volta, em Milão, novamente persistiu a superiodade italiana que aos 26 minutos do primeiro tempo fez 1 a 0, com Pirlo de pênalti. Sete minutos mais tarde os donos da casa ampliaram para 2 a 0, em belo chute de Alexandre Pato e pareciam consumar a classificação para as oitavas de final.

Mas para felicidade dos alemães e tristeza dos rossoneros, o Milan tem no banco de reservas Carlos Ancelotti. Assim como na primeira partida, o treinador sacou seus homens de criação no meio campo e encheu o time de volantes. Resultado chamou o Bremen (que parecia morto) ao ataque. Diego era sem dúvida o mais lucido de uma equipe desesperada, porém guerreira.
Até que o peruano Pizarro empatou em duas bolas para a área da fraca defesa milanesa. Com o resultado agregado o Bremen eliminou o Milan e estabeleceu o castigo para a teimosia covarde de Ancelotti.

Não é somente nesta partida que o treinador falha no comando de sua equipe. Afinal é notório que Beckham, Ronaldinho, Seedorf e Kaká não podem,e não devem fazer parte de rodízios para darem lugar a Ambrosini, Favali e Flamini.

Parece que os dias de Ancelotti, em Milão estão contados. É esperar para ver. Para o bem do futebol.



Diogo Patroni

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Obviedades na CL

Os resultados consumados na abertura da fase de oitavas-de-final da Champions League em nada me surpreendeu.

Em Milão, no que se convencionou a intitular de “a final antecipada”, Internazionale e Manchester United não tiraram o zero do marcador. Manutenção de um placar que pode ser creditado principalmente à exibição monstruosa do arqueiro interista Julio César, que, por pelo menos quatro vezes, barrou chances claras dos visitantes (três delas em arremates de Cristiano Ronaldo). A igualdade no Giuseppe Meazza indica mais um embate parelho na partida de volta, que será disputada no Old Trafford. Com a provável presença de Rooney desde o início da partida (o que me parece o mais sensato), o apuramento do United para a próxima fase ganha um trunfo de peso. Do lado nerazurri, os contragolpes abastecidos pela trinca Ibrahimovic/Adriano/Muntari parece ser a maneira mais bensucedida de furar a solidez defensiva inglesa. Com esse panorama, me arrisco a dizer que o atual campeão europeu segue vivo na disputa.

Na capital espanhola, sinal amarelo para o Atlético de Madrid, que decepcionou a sua torcida ao empatar por 2 a 2 com o Porto (Maxi Rodrigues e Forlán marcaram para os anfitriões, enquanto Lisandro Lopez bisou para os visitantes). Mais um confronto que parece indefinido, embora os portugueses joguem por um simples empate no Estádio do Dragão. Todavia, quem tem Aguero tem esperança. Cravo vitória dos Colchoneros.

Em Londres, Van Pierse estabeleceu a vitória modorrenta por 1 a 0 do Arsenal diante da Roma. Resultado normal. A conferir as últimas aventuras romanas nos mata-mata da CL, não hesito em catapultar os Gunner como triunfantes nesta eliminatória.

E, fechando a noite de terça-feira, Lyon e Barcelona se enfrentaram no Gerland. Juninho anotou um belíssimo gol de falta logo aos 7 minutos e colocou os franceses em vantagem, mas, após ceder campo à armada ofensiva catalã, o time da casa levou o castigo aos 22 da segundo etapa por intermédio de Henry. Uma pena para a equipe de Claude Puel, que terá agora pela frente o devastador retrospecto do Barcelona atuando em seus domínios. Meu palpite: Messi e cia nas quartas.

Aguardemos...
Ricardo Gomes

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Pérolas indeléveis

Aproveitando a entressafra de ideias que me acometem, dedico esse post apenas à reprodução de algumas das frases mais brilhantes já produzidas por personagens ímpares do nosso futebol. A relação a conferir logo abaixo se atém quase que exclusivamente à jogadores brasileiros. O "quase" se explica pelo fato de termos um único pronunciamento forasteiro, que, para espanto geral da nação, é de autoria de um português.

Um detalhe interessante dessa seleção é a presença em pelo menos três oportunidades do ainda atacante e "maior artilheiro de sempre de Portugal", Jardel, e do folclórico ex-presidente do Corinthians, Vicente Matheus. Enquanto um se destaca pela visível falta de congruência em seus comentários, o outro opta por um humor voluntário e aguçado.

Portanto, leia e divirta-se:


'Chegarei de surpresa dia 15, às duas da tarde, vôo 619 da VARIG.' (Mengálvio, ex-meia do Santos, em telegrama à família quando em excursão à Europa)

'Tanto na minha vida futebolística quanto com a minha vida ser humana.' (Nunes, ex-atacante do Flamengo, em uma entrevista antes do jogo de despedida do Zico)

'Que interessante, aqui no Japão só tem carro importado.' (Jardel, ex-atacante do Grêmio)

'As pessoas querem que o Brasil vença e ganhe.' (Dunga, em entrevista ao programa Terceiro Tempo)

'Eu, o Paulo Nunes e o Dinho vamos fazer uma dupla sertaneja.' (Jardel, ex-atacante do Grêmio)

'O novo apelido do Aloísio é CB, Sangue Bom.' (Souza, meio-campo do São Paulo, em uma entrevista ao Jogo Duro)

'A partir de agora o meu coração só tem uma cor: vermelho e preto.' (Jogador Fabão, assim que chegou no Flamengo)

'Eu peguei a bola no meio de campo e fui fondo, fui fondo, fui fondo e chutei pro gol.' (Jardel, ex- jogador do Vasco e Grêmio, ao relatar ao repórter o gol que tinha feito)

'A bola ia indo, indo, indo... e iu!' (Nunes, jogador do Flamengo da década de 80)

'Tenho o maior orgulho de jogar na terra onde Cristo nasceu.' (Claudiomiro, ex-meia do Inter de Porto Alegre, ao chegar em Belém do Pará para disputar uma partida contra o Paysandu, pelo Brasileirão de 72)

'Nem que eu tivesse dois pulmões eu alcançava essa bola.' (Bradock, amigo de Romário, reclamando de um passe longo)

'No México que é bom. Lá a gente recebe semanalmente de 15 em 15 dias.' (Ferreira, ex-ponta esquerda do Santos)

'Quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe.' (Jardel, ex-atacante do Vasco, Grêmio e da Seleção)

'O meu clube estava a beira do precipício, mas tomou a decisão correta, deu um passo a frente.' (João Pinto, jogador do Benfica de Portugal)

'Na Bahia é todo mundo muito simpático. É um povo muito hospitalar.' (Zanata, baiano, ex-lateral do Fluminense, ao comentar sobre a hospitalidade do povo baiano)

'Jogador tem que ser completo como o pato, que é um bicho aquático e gramático.' (Vicente Matheus, eterno presidente do Corinthians)

'O difícil, como vocês sabem, não é fácil.' (Vicente Matheus)

'Haja o que hajar, o Corinthians vai ser campeão.' (Vicente Matheus)

'O Sócrates é invendável, inegociável e imprestável.' (Vicente Matheus, ao recusar a oferta dos franceses)


Ricardo Gomes

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O amor do tricolor

Hoje o São Paulo acabara de fazer sua estréia na Taça Libertadores, campeonato que julga ser o mais importante em disputa. Sendo assim o torcedor tricolor também sente algo especial pelo maior torneio da América, e comparece em bom número ao Morumbi para incentivar a equipe do início ao fim.
Antes da partida contra o Indepediente Medelin (COL) acompanhei a entrevista de Rogério Ceni, para o programa Concentração na Rádio Bandeirantes. "Libertadores é diferente, e eu particularmente gosto dessa competição. Com todo respeito ao Corinthians, mas no jogo de domingo eu senti que os jogadores não estavam concentrados por que todo mundo no São Paulo só pensa em Libertadores", explicou o arqueiro sãopaulino.
Em partes Rogério talvez tenha razão, mas só não concordo em menosprezar as demais competições do calendário nacional. É impressão ou o São Paulo não gosta de ser tri-brasileiro? e se ganhar o Campeonato Paulista não vai comemorar?
Ganhar sempre é bom em qualquer circunstância. Desta maneira é melhor a diretoria tricolor mudar sua trajetória de pensamento, pois se perder a Libertadores perderá o ano e consequentemente o planejmento. Para uma equipe tradicional como o São Paulo o raciocínio deve ser entrar para ganhar tudo o que está em disputa.
E se o Indepediente vencesse o jogo de hoje?
Não haveria nada demais e nesta competição todos os jogos serão difíceis. Abre o olho tricolor.
Diogo Patroni

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Adeus 100%

Pela primeira rodada (fase de grupos) da Taça Libertadores, o Palmeiras foi o Quito enfrentar a atual campeã e bem montada LDU. A partida foi muito movimentada com os dois times lançando-se ao ataque. Os palestrinos esbarraram na infelicidade de Marcos e Edmilson, seus jogadores mais experientes, mas fizeram boa apresentação.
O destaque da partida (e quem sabe desta Libertadores) é o meia Argentino Manso. A camisa 21 de La Liga, deu um belo passe para o gol de Walter Calderon, fez outro em linda cobrança de falta e ainda deixou os zagueiros palmeirenses atordoados com seus dribles e passes milimétricos.
Amanhã muitos vão dizer que o Palmeiras perdeu a invencibilidade e que até então só tinha enfrentado baba. A equipe de Luxemburgo perdeu sim, mas perdeu para um grande adversáro, que joga um futebol rápido e não é a toa que a LDU foi campeã ano passado.
A Libertadores já começou e os favoritos sempre são os mesmos (São Paulo, Boca, Cruzeiro e Palmeiras), mas quem sabe não possa pintar uma surpresa igual a 2008?


Diogo Patroni

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Literalmente o espetáculo foi manchado

Um dos piores São Paulo e Corinthians dos últimos anos foi este o rescaldo do clássico de domingo. Talvez, a razão pelo baixo nivél técnico se aplique pelas discussões polêmicas e sem fundamento entre dirigentes (discussões alimentadas por grande parte da imprensa).
Durante toda semana vimos bombardeios de informações sobre os 10% dos ingressos, acusações veladas e melindre de ambos os lados.
Exatamente por este motivo o jogo de hoje não merecça nenhum destaque especial. Os jogadores pareciam estar em uma verdadeira arena de lutas e esqueceram-se de jogar única e exclusivamente futebol. O resultado de tudo isso?
13 cartões amarelos
3 vermelhos

Por tudo que produziram São Paulo e Corinthians merceram mesmo ficar no empate e podia ser 0 a 0.
Com relação aos incidentes nas arquibancadas do Morumbi, entre corintianos e a PM, não vale a pena comentar. O post de Juca Kfouri (no blog do Juca) já diz.

"Crônicas de uma guerra anunciada"



Diogo Patroni

Somente um lado da moeda

Inconcebível. Assim eu defino a aparentemente despretensiosa eleição promovida pela Rede Globo para escolher entre Zico e Zidane quem foi o mais competente. Não encontro tantas razões nobres para pautar esse assunto neste espaço, mas vale sublinhar que o pleito traz à luz o provincianismo visceral e sem escrúpulos da emissora carioca.

O confronto colocou frente a frente duas significâncias do futebol, talvez os melhores entre os seus contemporâneos. Zizou conquistou quase tudo com Juventus e Real Madrid, faturou a Copa do Mundo jogando uns 60% de suas probabilidades técnicas e atuou com exuberância durante quase toda a carreira. Zico foi igualmente genial, uma bandeira na história do Flamengo-time pelo qual arrebatou o Mundial de Clubes de 1981-mas, por sua vez, teve passagem modesta e fugaz pelo futebol europeu, quando atuou pela Udinese, e não levou o título quase certo do mundial em 82.

Portanto, cada um colocado devidamente em seu patamar, dentro de todos os aspectos circunstanciais e das peculiaridades de cada época. Mas a Globo, sempre acima do bem e do mal, fez questão de despejar a discussão sob julgamento unilateral. Para se ter uma idéia, dos “especialistas” instados, somente um, Cláudio Carsughi, não era brasileiro de nascimento. Todos os outros, a maioria de naturalidade carioca, cravaram o galinho de Quintino como vencedor do duelo. Quanto à Zidane, suas poucas imagens resumiram-se aos dois tentos fulminantes na melancólica decisão em 98. E só. Além disso, o quadro-que já havia cotejado Romário e Ronaldo-tratou de se referir ao francês como o ‘carrasco brasileiro’, traduzindo a sua trajetória a uma atípica partida.

A falta de apuração e de boa vontade em acompanhar o futebol jogado além das nossas fronteiras deixa transparecer o quanto minimalista é a Rede Globo quando o tema é futebol. Nem sempre a hegemonia reproduz credibilidade.
Ricardo Gomes

sábado, 14 de fevereiro de 2009

O espetáculo foi manchado

Como tem sido de praxe, os últimos jogos entre São Paulo e Corinthians têm enolvido muita polêmica. Mas infelizmente as discussões não se aplicam apenas dentro das quatro linhas, e sim nos bastidores.
Na semana que passou dirigentes trocaram farpas e acusações. Desta forma o real motivo do embate ficou abandonado. Parece que no jogo deste domingo pouco interessa se Hernanes retornará após suspensão, se Douglas joga ou não joga, tampouco qual será o esquema tático utilizado por MuricyRamalho e Mano Menezes.
A expectativa que gira em torno da partida é saber se os torcedores tricolores conseguirão preencher todos os assentos do Morumbi, ou se a os alvinegros comprarão a carga total de 10%, que lhes é de direito. Infelizmente o espetáculo ficou em segundo plano e todo o retrospecto histórico do clássico foi manchado graças ao amadorismo dos cartolas (mais uma vez).
Que vença o melhor.


Diogo Patroni

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Verdão arrasador

Na noite de ontem (11), o Palmeiras conseguiu mais um brilhante feito de sua rica história. A equipe comandada por Vanderley Luxemburgo igualou o recorde de oito vitórias consecutivas, em um início de temporada. Tal feito acontecera somente em 1920, quando o clube ainda carregava a alcunha de Palestra Itália. Naquele ano o Palestra conquistou seu primeiro título paulista, com apenas duas derrotas (para Corinthians e Paulistano).
O Palmeiras-09 estreou diante do Santo André, após muita desconfiança. A equipe havia perdido dois jogos treinos, diante de Rio Claro e União São João. Mas como disse o jovem goleiro Bruno "jogo treino é para errar mesmo e preparar a equipe para a temporada". E parece que o recado foi ouvido por todos no Palestra Itália.
A equipe alviverde não só vem ganhando seus jogos, como também tem feito ótimas apresentações. O time está ajustado com Diego Souza e Cleiton Xavier em ótima forma, além da brilhante presença do artilheiro Keirrisson. Outro ponto favorárel para os palestrinos nesta temporada foi a volta do zagueiro pentacampeão, Edmilson, que tem mostrado muita firmeza e segurança ao lado de seus companheiros.
Agora resta saber se as coincidências com o Palestra Itália vão continuar até o fim do Campeonato Paulista?


Diogo Patroni

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Rescaldão da "quarta-feira Fifa”

Alguns breves comentários sobre outros três amistosos internacionais que agitaram essa quarta gorda:

Portugal 1 X 0 Finlândia: Jogando no Estádio do Dragão, os portugueses venceram pela margem mínima o selecionado escandinavo. O gol solitário saiu graças a Cristiano Ronaldo, que converteu com êxito um pênalti aos 33 do segundo tempo. A vitória deu sobrevida ao técnico Carlos Queiroz, que já vivia sob o fantasmagórico risco de demissão após a goleada sofrida diante do Brasil no final do ano passado. Vale lembrar que os encarnados não guardam boas lembranças dos confrontos contra a Finlândia. Em 2002, às vésperas da Copa do Mundo, a seleção comandada por Figo e Rui Costa engoliu em casa retumbantes 4 a 1, resultado que por pouco não derrubou o então técnico Antonio Oliveira.

Alemanha 0X1 Noruega: Atuando em Dusseldorf, a Alemanha conseguiu a proeza de perder para a Noruega por 1 a 0, tento de Grindheim, aos 18 minutos da etapa final. Defesa vulnerável, meio campo acéfalo e ataque inerte. Assim jogou a equipe de Joachim Löw nesta quarta. Sinal amarelo para os germânicos, que precisarão melhorar muito se quiserem almejar algo no Mundial de 2010.

Espanha 2X0 Inglaterra: Um dos placares mais óbvios desta jornada. A Espanha manteve o brilhantismo apresentado na última Euro, vencida pela segunda vez após 44 anos. David Villa-sempre ele- e Llorente-o "gigante basco"- decretaram o triunfo ante o English Team, que foi superior apenas na primeira metade de jogo. Do lado britânico, a comemorar apenas a histórica marca galgada por David Beckham, que, ao entrar em campo no segundo tempo, igualou a marca do lendário Bobby Moore de 108 jogos pela seleção.


Ricardo Gomes

Argentina soberana; Messi simplifica o futebol

Essa interessante rodada de amistosos pelo mundo afora me trouxe duas certezas. A primeira diz respeito ao desempenho da seleção argentina sob o comando de Maradona.

Há meses eu não via esse time correndo tanto em campo, ocupando os espaços de forma tão voraz, verticalizando as jogadas sempre com celeridade, mesmo em território inimigo, além de pouco oferecer aos seus oponentes a chance do revide. Foi o que se viu no “amigável” frente à França, que por sinal, vive animosas relações com a sua fanática torcida após as últimas desastrosas exibições.

Noto que a Argentina, a exemplo do Brasil, só refutam qualquer dúvida sobre as suas reais e factíveis capacidades quando tem pela frente adversários reconhecidamente tradicionais.

Já a minha segunda e sucinta crença refere-se à Messi. É impressionante a sua capacidade de flanar diante do brutal entrave com os adversários, sempre ávidos por um pedaço de suas pernas. A intrepidez e a leveza com as quais supera os defensores resumem o seu indiscutível protagonismo no futebol mundial.
Ricardo Gomes

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Dunga se consolida cada vez mais

Talvez ninguém esperasse por uma boa apresentação da seleção brasileira na partida desta tarde diante da Itália. Muito pelo contrário, talvez muitos torcessem por uma derrota do escrete canarinho, agora que a sombra de Felipão assola de vez o ex-capitão.
Quando a CBF marcou os amistosos (Portugal e Itália) provavelmente achou que neste período seria consolidada a queda de Dunga. Muito pelo contrário, a equipe cresceu de produção, os resultados vieram e principalmente os jogadores adquiriram personalidade (é o caso de Maycon, Julio César, Elano, Robinho e Luis Fabiano).
No momento não há nenhum selecionado que exiba um futebol brilhante. A Argentina de Maradona busca encontrar um padrão e um estilo de jogo. A Itália de hoje, não é sombra daquela de 2006, a Alemanha vive com seu futebol de resultados e Portugal está em frangalhos depois da saída de Felipão. Provavelmente as únicas que encantam são Espanha e Holanda.
Portanto como dizia o slogan de uma campanha política "deixem o homem trabalhar".

Diogo Patroni

Tudo igual

Acho que pela primeira vez em muitos anos, uma seleção brasileira inaugura as suas atividades no ano com decência.
Após o enfrentamento ante Portugal em novembro passado, a equipe de Dunga, veja só, encara pela segunda vez consecutiva num intervalo menor que quatro meses um selecionado “top de linha”. A ocasião é ímpar. O jogo dessa tarde é apenas o 13º entre Brasil e Itália em toda a história envolvendo as suas formações principais, estranho assim, dada a proximidade entre as duas nações não só na conjuntura esportiva (diga-se futebol) como também culturalmente, ainda que com muitas ressalvas.
Como não poderia deixar de ser, a rigor, os dois conjuntos se equivalem, se levarmos em consideração o atual momento de ambas. A Itália não convence desde que levou o tetracampeonato mundial na Alemanha, em 2006. De lá pra cá, o melhor que conseguiu foi levar para as penalidades máximas o embate diante da Espanha pelas quartas-de-final da Euro 2008- a Fúria era plenamente superior.
O Brasil não fez tão diferente nos últimos três anos. Tirante belas exibições contra Argentina-no mesmo Emirates Stadium- e Portugal, em Brasília, o caminho rumo à África do Sul tem sido lastimável. Portanto, se tivesse que apostar num resultado hoje cravaria, sem pestanejar, um empate, a exemplo do que ocorreu no último encontro entre as duas seleções, em 1997.

Ricardo Gomes

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O insucesso dos treinadores brasileiros

A demissão de Felipão pelo Chelsea não é nenhuma novidade para treinadores brasileiros na Europa. Um dos mais recentes (e último) foi Vanderley Luxemburgo que treinou o Real Madrid, em 2005.

Assim como Luxa, Felipão não fazia uma campanha excepcional no comando dos "blues", mas também não fazia uma das piores. O brasileiro teve o pior desempenho (64%) entre os últimos dois técnicos que passaram pela equipe londrina. José Mourinho teve 82% de aproveitamento e conquistou dois títulos da Premier League, o israelense Avram Grant teve 72% e conduziu a equipe á primeira Final da Champions League, no ano passado.

As façanhas dos sucessores só foram possíveis graças a ingestão de capital, para que se montassem verdadeiros esquadrões. Por conta da crise financeira e dos milhões jogados ao vento pelo magnata Roman Abramovich, Felipão só ficou com a sobra . O que é Ballack, Ash Cole e Drogba? Com a contusão de Joe Cole, a equipe não teve reposição à altura e com isso o elenco ficou muito enfraquecido. Outro motivo pelo "insucesso" de Big Phil foi a falta de comprometimento de seus atletas, uma vez que muitos sonhavam com futuras negociações.

Quem acompanha futebol sabe o que acontece nos bastidores. É evidente que existe um boicote a capacidade dos treinadores brasileiros. Da mesma forma aconteceu com Luxemburgo e acontecerá com outros brasileiros que se aventurarem no velho continente.


Diogo Patroni