sábado, 31 de janeiro de 2009

O melhor campeonato do mundo


A cada rodada a Premier League fica ainda mais emocionante, com três equipes (Manchester United, Liverpool e Chelsea) brigando pelo título e um intruso (Aston Villa) na luta por uma vaga a Champions League. Talvez exista uma razão pelo Campeonato Inglês hoje ser o melhor do planeta.
Não me refiro aos petródolares de magnatas russos ou arábes, mas sim ao poder de organização e mobilização deste torneio. Hoje no Emirates Stadium (casa do Arsenal) haviam mais de 60 mil expectadores, para um simples jogo entre Arsenal x West Ham. Em Old Trafford, o público não foi diferente para Manchester x Everton. Resultado, casa sempre cheia, torcedores fanáticos que trazem mais receita para suas equipes e consequentemente colaboram para a vinda de reforços de peso.

No jogo Manchester e Everton pela ESPN Brasil, um internauta fez a seguinte pergunta. O Everton já foi campeão alguma vez?

O comentarista Arnaldo Ribeiro deu uma excelente resposta e exemplificou bem o que acontece na Premier League. "O Everton é uma das principais equipes da Inglaterra com uma torcida fanática e já ganhou o Campeonato por nove vezes (fora os títulos da Copa da Liga). Mas a modernização do futebol como produto de mercado somada a incompetência de alguns dirigentes, fez algumas equipes tidas como tradicionais se perderem". Caso de Newcastle e Everton.
O que quero dizer é que há uma nova ordem mundial, no mundo do futebol e aqueles que não abrirem os olhos ficarão para trás. O Manchester atingiu o ápice na década de 90 graças a comercialização de ações e o aumento significativo de sócios. Da mesma forma ressurgiram Chelsea, Liverpool e Arsenal (com os garotos de Wenger). Não é a toa que a final dá última Champions League envolveu duas equipes inglesas.

E para amanhã quais são suas apostas, Liverpool ou Chelsea?
Só quero ouvir Paulo Andrade narrando...Lampard é do Chelsea, ou Torres é do Liverpool
Que tenhamos todos um grande jogo
Diogo Patroni

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

As escolhas paradoxais de Dunga...


Ao mesmo tempo em que as convocações de Dunga nos enchem de esperanças em setores carentes de nossas fileiras canarinhos, como as apostas na jovialidade de Marcelo e Adriano (Sevilla), potenciais donos do flanco esquerdo, e Thiago Silva (seria crime preteri-lo!), disparado o melhor zagueiro brasileiro em atividade, algumas outras admissões nos deixam aflitos. Ainda não foram diagnosticados quais os critérios utilizados pelo ex-volantão gaúcho ao chamar os seus “congêneres” Gilberto Silva e Josué.

Cadeiras cativas na seleção, os dois veteranos sequer mostraram algo de interessante no quadrilátero nas últimas três temporadas em seus clubes, vide especialmente seleção. Após a saída do ídolo Henry do Arsenal, Gilberto era um dos principais candidatos a assumir de vez a braçadeira de capitão da tradicional agremiação londrina. Mas foi ai que sua derrocada teve início. Coincidindo com a péssima fase do brasileiro em campo, os Gunners, sob a batuta do astuto Arsene Wenger, emergiram com uma safra avassaladora de novos meias como, entre outros, Fabregas, Diaby e Denílson, todos eles com menos de 20 anos e ávidos por um lugarzinho no time. Essa foi a deixa para a súbita saída do ex-atleticano, que sucumbiu, sentiu-se abandonado, escorraçado, e assim deixou a equipe cinco anos após aportar, incrivelmente sem fazer falta alguma. Na mesma toada, seguiu para o Panathinaikos, onde assegura a titularidade simplesmente pela ausência de bons valores no time ateniense.


Já Josué tornou-se um estorvo depois de sua vitoriosa passagem pelo São Paulo. Ao contrário do que ocorrera com Gilberto Silva, o pernambucano virou rapidamente capitão do Wolfsburg, o que já é um grande mérito, mas... Jogador de muita movimentação (com um preparo físico adequado, qualquer um corre), demasiadamente voluptuoso, porém, sem cacoete nenhum para conduzir uma seleção que chegará (se chegar) à África do Sul para tentar apagar a campanha vexatória de 2006. Gilberto e Josué me parecem, momentaneamente, os dois principais dilemas da seleção canarinho nessa tropegante caminhada ao mundial. Pensando assim, porque não optar pelo dueto Hernanes e Ramires, que estão nos “cascos” e poderiam trazer um pouco mais de sobriedade e talento ao nosso meio campo capenga. No mais, nada a questionar a respeito das convocações de Pato (em ótima forma) e Ronaldinho Gaúcho, jogador ao qual é permitido dar sempre mais uma chance, e das rejeições, caso de Amauri, ainda muito atrás de Luis Fabiano e Adriano.


Ricardo Gomes

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Superclássico de Verão

Assim como no Brasil, o futebol é o esporte mais amado de nuestros hermanos argentinos. Em uma semana agradável pude conferir as instalações da impressionante La Bombonera e também acompanhar um superclássico entre as duas maiores equipes do país. Boca e River.

Neste dia, a cidade de Buenos Aires pára e na calle Florida (principal rua do centro) se houve Vamos BOCA! Como amante do esporte bretão eu queria conferir de perto as emoções deste jogo, mas no bar Locos por el Futbol se cobravam 40 Pesos (equivalente a 30 Reais). Muito caro para um jovem viajante. Então preferi o bar ao lado Puerto San Maritn, uma vez que seria cobrado somente o que fosse consumido.

Cinco minutos para a bolar rolar em Mar Del Plata pelo Torneio de Verano e os torcedores no Bairro da Recoleta (na capital Federal) nao estavam entusiasmados, porém assim que as equipes entraram em campo o local encheu (alguns simpatizantes do Boca outros do River). A partida em si foi feia e bem trucanda até que aos 31 minutos o voltante do Boca Juniors, Bataglia é expulso e logo em seguida se houve um grito timido ao fundo. GOLO!. é gol do River Plate. Gustavo Cabral completa o cruzamento de cabeça.

No entanto, a equipe azul y oro nao deixa por menos e parte para cima, até que aos 40 min a revelação Jesus Dátolo iguala o superclássico. Ai sim, o que se ouvia era uma torcida de verdade..Dá-lhe Boca, Vamos, Vamos.

No segundo tempo nada mudou até que ao 31 Ricardo Noir (jovem atacante da equipe de Bombonera) sofre um pênalti, Dátolo vai para cobrança e converte, 2 a 1 e virada do Boca. Já a equipe dos Millionários tenta esboçar uma tímida reação com Rosales e Falcão Garcia, mas sem sucesso. A torcida já estava em polvorosa e no fim do superclássico deu Boca.

No dia seguinte o Diário Olé estampava: "Dátalo el ogro del Boca"


Diogo Patroni