quinta-feira, 26 de março de 2009

Muita calma com Neymar

Que Neymar será um belíssimo jogador não há o que duvidar, mas primeiro é necessário certa cautela no trato com a nova jóia praiana. Neymar é um jogador ainda no corpo de um menino de 17 anos, com uma musculatura frágil e físico limitado. No entanto, há pouco mais de sete anos a Vila Belmiro revelou para o mundo um camisa sete franzino, habilidos e lépido que só.
O garoto de 2002, cresceu, conquistou fama, ganhou dinheiro e como todo craque se meteu em algumas confusões. Hoje é praticamente moeda de troca no seu clube, uma vez que ainda não correspondeu aos petródoláres desembolsados para a sua contratação.
Neymar está começando a carreira e ao que tudo indica parece ter cabeça boa, mas por favor não o comparem com Robinho, Pelé, Edu ou Durval, ele é simplesmente Neymar da Silva Santos Júnior.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Mais Grafite!

Ahh, antes que eu me esqueça, achei por acaso uma relação com os dez melhores marcadores na Europa na temporada 2008/2009, onde Grafite ocupa a honrosa oitava colocação.
Faltando pouco mais de três meses para o término dos torneios domésticos no Velho Continente, será que dá para enquadrar o brasileiro como sério candidato à Chuteira de Ouro? Não custa nada conferir...
Abaixo, a ilustre listinha:

1. Marc Janko, Red Bull Salzburg, 33 gols
2. Samuel Eto'o, FC Barcelona, 25
3. David Villa, FC Valencia, 19
3. Marco di Vaio, FC Bologna, 19
3. Diego Forlán, Atletico Madrid, 19
3. Zlatan Ibrahimovic, Internazionale, 19
3. Lionel Messi, FC Barcelona, 19
8. Grafite, VfL Wolfsburg, 18
8. Vedad Ibisevic, 1899 Hoffenheim, 18
8. André-Pierre Gignac, FC Toulouse, 18


Ricardo Gomes

Grafite e o gol


E não é que Grafite, aquele medíocre avante que saiu achincalhado do São Paulo em 2007 tornou-se no último sábado (21) o dono da melhor média de gols da história da Bundesliga! O feito por si só já é louvável, mas o que o torna ainda mais consagrador é o fato do brasileiro ter superado ninguém menos que Gerd Müller, um dos mais letais atacantes em todos tempos. Segundo levantamento do “Bild”, o índice do camisa 23 do Wolfsburg é de um gol a cada 72 minutos- assinalou até o final da 25ª rodada 18 tentos em 16 aparições na liga local, dividindo a artilharia com o bósnio Ibisevic. Já o lendário Müller (segundo maior artilheiro da história das Copas do Mundo), acumulou na época 1971/72 a média de um gol a cada 77 minutos- na ocasião, balancou a rede em 40 oportunidades pelo Bayern de Munique. Os gols em profusão do ex-são- paulino em terras germânicas surpreendem muita gente por aqui e já alimentam conjecturas acerca da qualidade do futebol jogado no país três vezes campeão mundial. Eu não coloco em dúvida a fase ímpar de Grafite que, além da frieza no momento da finalização, mostrou-se ser um eficiente construtor de jogadas, haja vista as inúmeras tabelas com o seu parceiro de ataque, o eslovaco Dzeko. Quanto ao Campeonato Alemão, me limito a dizer que é disparado o certame mais divertido de se acompanhar no momento, seja pela vocação de suas equipes a ofensividade (até os times pequenos são atrevidos) ou simplesmente pelos comentários impagáveis de Gerd Wenzel nos canais ESPN.


Ricardo Gomes

quinta-feira, 19 de março de 2009

Especial Clubes

A partir de agora este blog inicia um especial voltado para os clubes. Caro leitor, você poderá nos enviar um texto contando a história de um clube, seleção, ou jogador.
O primeiro post da seção é de Rodrigo Furlan, colaborador deste blog, corintiano de coração, apaixonado por golfe e admirador do Tottenham Hot Spurs.

Tottenham Hotspur Football Club

"Não sou daqueles que gostam de dizer que têm times de coração em todos os lugares – particularmente, acho estranhíssimo, aliás, quem diz torcer por uma equipe em cada estado brasileiro, por exemplo. Sou corintiano devoto, mas só tenho alguma simpatia pelas equipes menores de São Paulo, como a Portuguesa ou o Juventus.
O mesmo se aplica no caso de clubes do exterior. Nesse caso, no entanto, duas exceções: uma delas é o Sporting, em Portugal. A outra, dá início a esta série de especiais, que englobará não somente clubes, mas também seleções, jogadores e partidas históricas".

História
No norte de Londres, pelos idos de 1882, um grupo de jovens, parte deles vinda do clube de cricket local e outra parte de estudantes de Gramática, deu início à história do Hotspur FC, com o intuito de entrarem de cabeça no ascendente mundo do futebol.
Dois anos depois, o nome da agremiação sofreria uma alteração que dura até os dias de hoje, sendo sinônimo de tradição e glórias: Tottenham Hotspur.
Àquela época, o primeiro uniforme dos Spurs era formado por camiseta e calções azuis-escuros, o que se modificou em 1887 para azul-claro e, em 1890 para um conjunto formado por camisetas vermelhas e calções azuis-escuros.

A primeira partida do Tottenham foi disputada em 1885, quando o jovem clube londrino enfrentou e venceu o St. Albans por 5 a 2, na disputa de um torneio na capital inglesa.
O amadorismo deu rapidamente espaço para o profissionalismo, já no ano de 1895. Na temporada seguinte, primeira disputa oficial: Divisão Um – Liga Sul. A essa altura o Tottenham ostentava uma combinação nova de cores: dourado e marrom.

O Marshes foi o primeiro local a receber as partidas do clube, até 1898, quando o Tottenham assumiu o Northumberland Park, onde chegou a abrigar partidas com 14 mil espectadores – número altíssimo para o final do século XIX.

Não satisfeita com o espaço, a direção da equipe tomou uma postura ousada já no ano seguinte, ao se transferir para o espaço que hoje é conhecido como White Hart Lane, estádio com capacidade para 36 mil fãs.

O primeiro título veio em 1900 – a Liga Sul, imediatamente seguido, em 1901, pela conquista da Copa da Inglaterra, o mais tradicional torneio de futebol do planeta. Esta foi a única ocasião em toda a história na qual um clube não-filiado sagrou-se campeão da competição.
Depois desse sucesso meteórico, o Tottenham continuou a subir, mas com menor velocidade. O ápice foi a chegada à Primeira Divisão inglesa em 1909, de onde seria rebaixado em 1915 e para onde só voltaria em 1920.
Com mais algumas idas e vindas, o clube alcançou em 1938 o recorde de público numa partida, que perdura até hoje: 75.038 pessoas, no jogo contra o Sunderland, válido pela Copa da Inglaterra.
O primeiro título do Campeonato Inglês veio para o Tottenham em 1951. Dez temporadas depois da conquista, outro marco na história do clube: tornou-se o primeiro a faturar a “dobradinha” (títulos do Campeonato Inglês e da Copa da Inglaterra) no século XX.

Os troféus internos se tornaram uma constante para os Spurs – desde então, foram mais cinco Copas da Inglaterra (1962, 1967, 1981, 1982 e 1991) e quatro Taças da Liga Inglesa (1971, 1973, 1999, 2008). No entanto, as fronteiras da Inglaterra ficaram pequenas e o sucesso ganhou o continente.

Já em 1963, o Tottenham se tornou o primeiro clube inglês a vencer a Copa dos Campeões da Europa, competição disputada apenas pelos vencedores das Copas dos países e que foi extinta na temporada 1998-99. Dois títulos da Copa da UEFA, em 1972 e 1984, colocaram definitivamente a esquadra do White Hart Lane no cenário mundial do futebol.

Desde o início da Premiership/Premier League, em 1992, os tempos do Tottenham se tornaram menos vitoriosos – em duas décadas, somente dois títulos da Taça da Liga Inglesa – mas longe de apequenar a história de um dos clubes mais tradicionais do planeta.

Principais craques
Gary Lineker – o mais conceituado atacante inglês da década de 80 atuou 138 vezes com a camisa do Tottenham, marcando impressionantes 80 gols. Durante sua passagem os Spurs venceram a Copa da Inglaterra em 1992.

Glenn Hoddle – tido como o jogador inglês mais talentoso de sua geração, Hoddle vestiu o manto dos Spurs em 12 temporadas – entre 1975 e 1987. Levantou duas Copas da Inglaterra e uma Copa da UEFA, pavimentando seu caminho para as 53 convocações para a Seleção.

Terry Dyson – o baixinho de 1m62 marcou sua passagem de 10 anos pelo Tottenham sendo o lépido meio-campista que jogava pelas alas (o famoso winger) da equipe campeã da “dobradinha” de 1961.

Curiosidades
- O mascote do Tottenham é um galo
- Boa parte da torcida do clube é formada por judeus, o que, historicamente, propiciou atos anti-semitas contra esses torcedores
- O primeiro patrocínio do clube – da cerveja Holsten – surgiu apenas em 1983, nada menos do que 101 anos após a sua fundação.
- Está prevista a construção de um novo e maior estádio para o Tottenham até 2012, ano dos Jogos Olímpicos de Londres, nas imediações do White Hart Lane.
-O primeiro jogo diante do maior rival do clube, o Arsenal, foi jogado em 1887 e não terminou. O motivo? Falta de luz natural – os Spurs venciam por 2 a 1.
- Além do Arsenal, as grandes rivalidades do Tottenham ficam com o Chelsea e o West Ham.
- A receita obtida do primeiro jogo em White Hart Lane, um amistoso contra o Notts County, em 1899, foi de 115 libras.


Rodrigo Furlan

quarta-feira, 18 de março de 2009

Virou rotina

A briga por ingressos é algo que nos envergonha cada vez mais. O resultado é fruto do amadorismo e despreparo dos dirigentes, que mentem descaradamente para o torcedor.
Tanto Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo não ganharão nada em restringir os dez por cento aos adversários. Medidas como essa não promovem o espetáculo e sim a violência, o ódio e o rancor. O futebol fica em segundo plano e mais uma vez os jogadores entrarão em campo com o espírito armado e prontos para uma guerra (excessão feita a Escudero).
O bate-boca entre cartolas é repugnável é reflete exatamente o baixo nível em que se encontra o futebol brasileiro.
Será que em 2014, os argentinos também deverão se contentar com os dez por cento?
Isso é, se a Copa for aqui
Diogo Patroni

sábado, 14 de março de 2009

Agora é tarde

Desde o início o embate entre Manchester United x Liverpool, em Old Trafford parecia ser disputado, e como a maioria dos clássicos decidido nos detalhes. Os visitantes marcavam a saida de bola adversária, enquanto o Manchester apostava na velocidade de Carlitos Tevez e Rooney. No momento em que o Liverpool parecia estar melhor, Park é derrubado na área. Cristiano Ronaldo cobra e abre o placar para os Devils.
Com o resultado o United abriria dez pontos para o rival (e ainda com um jogo por fazer). Título mais do que certo, até que aos 27 minutos o excelente zagueiro Nemanja Vidic falhou bisonhamente na frente de Fernando Torres, que não perdoa. Gol do Liverpool. A partir daí os "reds" tomaram mais coragem e Gerard passou a jogar mais solto no meio. A virada veio aos 42 minutos da primeira etapa, em penâlti cometido por Evra no capitão. Ele mesmo bateu e converteu.
No segundo tempo a equipe de Alex Fergunson se lançou ao ataque, mas sem sucesso. Já o Liverpool abusava dos contra golpes. Após outra furada de Vidic, Gerard sofreu falta, mas desta vez Fábio Aurélio bateu com perfeição. Os reds ainda fizeram mais um com Dossena.
A vitória do Liverpool significou a perda da invencibilidade de 16 jogos dos "devils" na temporada, além da quebra do tabu de cinco anos sem vencer o Manchester, no "Teatro dos Sonhos". Destaque para a excelente atuação de Fábio Aurélio (que anulou o português Cristiano Ronaldo) e sequer foi convocado por Dunga, opá.
Apesar do tropeço é muito díficil tirar o título do United.
Diogo Patroni

quarta-feira, 11 de março de 2009

A crise de la diez

A declaração mais do que bombástica de Juan Román Riquelme, (ex-dono da camisa dez da seleção argentina) surpreendeu a todos. Román sempre foi conhecido por seu comportamento temperamental no qual não aceita críticas.
Um dos raros meias do futebol mundial, o craque do Boca Juniors ás vezes demonstra certa insegurança (foi assim no Barcelona e Villareal). Riquelme é um jogador diferenciado e com uma habilidade extrema, mas seu melíndre lhe atrapalha.
Na Argentina a maioria alega que "és muy habilidoso, pero no corre". Talvez seja este o principal motivo da crítica de Diego Maradona, camisa dez dos bons e ídolo maior do país (junto com Gardel e Evita).
No Brasil, o mesmo se assemelha à Alex e Rivaldo, outros excelentes camisas dez. Ambos ficaram fadados ao sucesso na seleção por nao suportarem críticas e por terem se escondido em times de pouca expressão. Rivaldo foi um dos melhores na Copa de 2002 é verdade. Mas e depois? Sumiu.
A seleção alvi-celeste vai sentir falta de Román, mas o próprio jogador sofrerá mais. Maradona como atual comandante (mesmo que fanfarrão) tem todo direito de dar pitacos no trabalho de seus jogadores. Agora se Riquelme não aceita, então pede pra sair!!
Diogo Patroni

terça-feira, 10 de março de 2009

Homem verde na seleção

Dunga continua buscando incessantemente novas invencionices para o selecionado nacional. O nome da vez é o jovem atacante brasileiro Hulk, de apenas 22 anos, que atua pelo Porto, de Portugal. Segundo o jornal luso “O Jogo”, o técnico se impressionou com a velocidade e o poderio de finalização do avante, quase que um emulado de Adriano, já que ambos são canhotos, corpulentos e dotados de uma força tremenda nos disparos a gol. Honestamente, pelo que bisbilhotei em alguns jogos da equipe portista pela liga local e também na Champions League, não creio que Hulk, como Givanildo Vieira de Souza é carinhosamente apelidado, seja mais um representante da famigerada estirpe “Afonso Alves” de atacantes. Mas, em contrapeso, me soa imprudente lançar mão de apostas a essa altura do campeonato, principalmente no ataque, setor em que, se não temos fartura, ao menos temos mão-de-obra qualificadíssima. Elencando só aqueles habitualmente convocados, como Robinho, Adriano, Luis Fabiano e Pato, quem poderia ser preterido para a entrada de Hulk? O engraçado é que a mais nova menina dos olhos de Dunga já foi inclusive comparado pela imprensa europeia a Ronaldo, algo sempre recorrente no Velho Continente. Por enquanto, o preferível é continuar atento às exibições de Hulk com a camisola azul e branca ao longo das próximas temporadas.

Se você ainda não viu, nem ouviu falar de Hulk-o jogador, claro-confira no link abaixo alguns de seus highlights em campos portugueses:

http://www.youtube.com/watch?v=Vmue5M9oiYQ&feature=related


Ricardo Gomes

segunda-feira, 9 de março de 2009

A Volta do guerreiro (Parte II)

A esta altura todos já sabem o placar do clássico de ontem, e já estão cansados de tanta repercussão do gol anotado por Ronaldo Nazário de Lima. Portanto, nobre leitor não vou fazer mais uma resenha da partida, e sim dedicar algumas palavras a ressureição do Fenômeno.
Ronaldo havia feito boa estréia contra o Itumbiara, na última quarta-feira, entretanto alguns ainda ousaram lhe criticar desedenhando de sua forma física. Mas diante de tantas adversidades já superadas, esta parece ser a menor delas.

O maior artilheiro de todas as Copas, novamente entrou para a história ao marcar um gol em um clássico e ainda no último minuto. Gol este que emocionou não só coriantianos, mas sãopaulinos, santistas, flamenguistas, gremistas a até os próprios palmeirenses. Por que não?

Quis o destino que o camisa nove alvinegro estivesse ali naquele instante. Ronlado é predestinado e o fruto de sua dedicação e força de vontade é o gol, que sensibiliza o mundo inteiro tornando-o num Fenômeno midiático e de marketing. Como diz uma propaganda publicitária.

Bem vindo guerreiro!!!

Diogo Patroni

domingo, 8 de março de 2009

Antevisão do dérbi

Ronaldo e Keirrison à parte, Corinthians e Palmeiras prometem nivelar forças no clássico de logo mais, no estádio Prudentão, em Presidente Prudente. Não sou muito afeito à velha teoria de que em clássico não existe favorito. Existe sim, seja o favoritismo em pequena ou larga proporção. Devido ao estilo rápido e impetuoso de jogo apresentado em grande parte desse Paulistão, o alviverde entra em campo com uma perspectiva de vitória timidamente maior que a do rival, que se apega à “atmosfera Ronaldo” para triunfar. A vantagem citada anteriormente, porém, é mínima, quase irrisória. Mesmo com o ótimo aproveitamento de 75,8 % na competição regional, o que lhe dá a segunda colocação na tabela, a equipe de Mano Menezes ainda não convenceu em 2009. Futebol burocrático, suplentes aquém da expectativa, centroavante estéril e um camisa 10 que parece indisposto a viver os seus melhores dias. Ainda que pareça unânime, esse é meu diagnóstico bem resumido acerca do que acontece com o atual campeão da Série B. A chance de desbravar um novo horizonte no torneio está logo ali para o Timão, basta interromper a indigesta sequência sem vitórias sobre o seu mais tradicional oponente, deleite que a fiel torcida não vivencia desde 2006. E vamos que vamos que o jogo já vai começar!


Ricardo Gomes

sexta-feira, 6 de março de 2009

A volta do guerreiro

A última quarta-feira (4) foi memorável, não só para a torcida do Sport Club Corinthians Paulista, mas sim para os amantes do futebol em geral. Aos 22 minutos do segundo tempo, todo o estádio JK (em Itumbiara), a cidade de São Paulo, o Brasil e o mundo vibraram. Sim, Ronaldo está de volta.
Em pouco mais de 27 minutos que ficou em campo, tabelou, deu passe, procurou o jogo, fez pivô e só não finalizou à gol porque Douglas não quis. É evidente que Ronaldo está aquém de sua forma física e que não têm o mesmo arranque de outrora. No entanto, é um jogador diferenciado e com uma inteligência e leitura de jogo afrente dos atletas comuns.
Ronaldo Nazário de Lima, não é Fênomeno por acaso, não é fênomeno por que é maquina, mas é fênomeno por que é esforçado, batalhador e ama aquilo que faz. O prazer de jogar futebol.

Diogo Patroni

quinta-feira, 5 de março de 2009

A estreia do Corinthians

Tônica dos primeiros meses de 2009, o Corinthians jogou pro gasto, o bastante para vencer um atrevido Itumbiara por 2 a 0 na abafada noite de quarta-feira (4) e garantir a passagem para a segunda etapa eliminatória da Copa do Brasil. Resultado esperado, ainda mais se tratando de duas equipes com qualidades tão díspares e realidades tão abissais. O tricolor goiano mostrou-se desde o início da peleja disposta a ditar o ritmo do jogo, imprimindo velocidade pelos flancos e abusando das investidas inócuas de Denílson. O Corinthians, por sua vez, espreitava de forma friamente calculada o ensejo se estocar o adversário, configurando-se em campo de forma a explorar os contragolpes. Quando a torcida que apinhava o Juscelino Kubitschek já se preparava para fazer a merecida pausa para o banheiro durante o intervalo, eis que Jorge Henrique fez valer talvez de sua única virtude: a de dissimular infração quando surge o natural entrevero com o oponente dentro da área. Êxito na missão! Bola na marca da cal, e Chicão, sempre ele, inaugura o marcador no último minuto da primeira etapa. O segundo tempo começa e o Timão, logo aos 4 minutos, acaba com a graça da partida. O lateral esquerdo André Santos, cada vez mais atacante, faz um belo gol com a destra. Daí em diante, pasmaceira... O alvinegro paulista teve ainda chances claras de ampliar a contagem, mas esbarrou no preciosismo de Douglas e Otacílio Neto. Honestamente, pelo que apresentaram os dois times, um placar mais dilatado que 2 a 0 já seria exagero. Vaga merecidíssima para Mano Menezes e seus comandados, que agora terão pela frente o Misto-MS. Ah, Ronaldo atuou os 27 minutos finais do encontro.


Ricardo Gomes

terça-feira, 3 de março de 2009

O dia em que o Palestra parou

A noite de 03 de março de 2009, com certeza ficará na memória do torcedor palmeirense por muitos anos. A derrota acachapante de 3 a1 sofrida diante do Colo-Colo (CHI), talvez entre para o ranking das mais detestáveis, somadas as derrotas para, Asa de Arapiraca (Copa do Brasil-02), o 7 a 2 do Vitória (Copa do Brasil-03) e a perda do título da Libertadores-00, para o Boca Juniors (nos pênaltis).
Hoje, tinha tudo para ser uma grandiosa festa, Palestra Itália lotado e a torcida incentivando desde o primeiro minuto. Mas eis que surge um argentino, Lucas Barrios (atacante camisa n°8). Barrios não só fez o gol que iniciou o desepero alviverde aos 43 minutos da primeira etapa, como deu o passe para o segundo (anotado por Torres).
No segundo tempo o Palmeiras caiu na sua própria armadilha ficando refém de seu desespero (ainda que sem causa). Durante a semana Luxemburgo deu declarações afirmando que este seria o jogo do ano para sua equipe. Fato que certamente desestabilizou seus jovens e inexperientes jogadores (em Libertadores).
Após o terceiro gol do Colo-Colo, aos 34 minutos da etapa final, o silêncio tomou conta das arquibancadas do Palestra Itália e a expressão de angústia dos torcedores se tornava mais evidente a cada passe errado. No final alguns ainda entoaram um coro ironizando as conquisas estaduais de Luxemburgo.
Agora é ganhar e ganhar seja contra Sport, LDU e Colo-Colo, mas o que não pode é todos considerarem novamente o jogo da vida.
Diogo Patroni

segunda-feira, 2 de março de 2009

Erros de apuração

Como jornalista (mesmo que ainda recém formado) me entristece ouvir algumas coisas. Não foi a primeira nem a última vez que presencio informações equivocadas no mundo esportivo.
Na sexta-feira passada Renata Fan, no Jogo Aberto disse que o Werder Bremen (que empatou com o Milan, em 2 a 2 no San Siro) se classificou por ter feito mais gols na casa do adversário. Até aí tudo bem, mas o equívoco aconteceu ao falar que o jogo de ida na Alemanha tinha sido 0 a 0. A partida na realidade foi 1 a 1.
Outro erro de apuração ocorreu durante a programação do Sportv, e no SPTV (da TV Globo). Os apresentadores de ambos programas falaram, afirmaram e ratificaram que o Corinthians enfrentou o Marília, em Presidente Prudente. Mas todos (nem todos) sabem que o mando de jogo era do Marília e que a partida foi disputada no Bento de Abreu, em Marília.
Esses são alguns de tantos exemplos. Já vi até chamarem o time pelo nome do estádio e por aí vai.
O que acontece com nossos colegas de imprensa?
Tudo bem que hoje as redações são mais corridas e dinãmicas, porém não justifica o erro de informação que acaba ludibriando o público.