quarta-feira, 24 de junho de 2009

No lo puede creer


Incrédulos estão os espanhóis, estadunidenses e demais cidadãos que formam a grande e aficionada bolha futebolística deste planeta.
O que se viu na tarde desta quarta foi um daqueles acontecimentos memoráveis, para se registrar nos anais do desporto global. A Espanha, com todo o seu luxo, caiu de maneira desmoralizadora diante de um oponente sem qualquer faculdade e/ou perfil para pleitear a distinção de favorito ao título da Copa das Confederações ou seja lá qual for o certame.
Praticantes históricos do futebol insosso, porém, algumas raras vezes contundente, os EUA tiveram a dignificante missão de recolocar, ao menos por um efêmero período, o selecionado espanhol em seu devido lugar de refugador em competições de peso.
É legítimo a “Fúria” gabar-se de seus 993 dias sem conhecer o amargo gosto da derrota, marca de difícil acesso. Proporcionalmente difícil também é lembrar que o longevo período de invencibilidade foi corrompido de forma acachapante, perante um rival notadamente inferior, e em um torneio que selaria em definitivo a auto-afirmação dos atuais campeões europeus a menos de um ano da Copa do Mundo.
Portanto, viva Altidore, viva Dempsey, improváveis merecedores de nossas sinceras palmas.


Ricardo Gomes

A saga "o coringão voltou" vira história em quadrinhos


O dia 02 de dezembro de 2007 ficará para sempre na memória do corintiano. A data marcou o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro, uma página negra na história do clube.
Já o ano de 2008 marcou a união da torcida pelo resgate da dignidade corintiana. Campanhas foram criadas e a corrente se fortaleceu cada vez mais. Os gritos (antes de protesto) se tornaram incentivos. Não pára, não pára, não pára!

Em 38 jogos na Série B foram: 25 vitórias, 10 empates e apenas 3 derrotas. Desta forma a equipe voltou ainda mais fortalecida para 2009, e de quebra abocanhou o título paulista de forma invicta.

Todos os feitos (do rebaixamento à ascensão) serão contados no formato de histórias em quadrinhos (estilo mangá), em parceria recém anunciada entre o departamento de marketing do clube e a Editora BB. A publicação estará nas bancas a partir de julho e terá preço acessivel. A princípio serão produzidas duas versões, uma com capa dura (vendida em livrarias) e outra convencional (vendida em bancas de jornais).
A iniciativa parece mais uma boa saída para o marketing alvinegro, porém os desenhos carecem de aprofundamento maior, uma vez que os traços são confusos. Os jogadores são muito parecidos e Mano Menezes está loiro e com muito cabelo. Apesar dos erros e acertos aí fica uma boa pedida aos corintianos e amantes de quadrinhos.


Diogo Patroni

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Por que Muricy caiu


Talvez o leitor já esteja cansado de acompanhar a repercussão do "Adeus Muricy", mas não podemos deixar tal fato escapar. A diretoria do São Paulo sempre fora muito elogiada pelos acertos, porém agora cometeu um dos maiores erros e deu mostras de total desrespeito.

É certo, que o carrancudo treinador não possui o perfil do "gentleman" idealizado pelos senhores do Morumbi. É certo que Muricy perdeu quatro Libertadores (e para times brasileiros). Mas é certo também que ganhou três Campeonatos Brasileiros (em sequência) e sem o tradicional meia de ligação.

Durante pouco mais de três anos e meio no comando da equipe o treinador se viu obrigado, na maioria das vezes a arrumar soluções na base do improviso. Foi assim com Richarlysson, (ora lateral, ora volante), com André Dias (zagueiro e lateral), Jorge Wagner, (de lateral a meia armador). O técnico parecia ter achado a fórmula do sucesso, uma vez que criou uma equipe "quase" que imbatível no cenário nacional e revelou jogadores como, Breno, Alex Silva, Jean e Hernanes.

O último nome parecia ser a jóia rara e que geraria cifras aos dirigentes tricolores. Mas tanto treinador, como jogador acabaram vítimas do insucesso de sua própria diretoria. O São Paulo-09 ainda carecia do tal meia, mas para os senhores da razão "o jovem talento da camisa nº 15 é habilidoso e tem bom passe, o treinador com certeza vai dar um jeito nisso e colocá-lo no meio, assim não precisamos contratar".

Ledo engano, Hernanes é volante de vocação e neste ano não foi bem e conseqüentemente a equipe também não rendeu o esperado na mão de Muricy. O São Paulo sucumbiu diante de suas próprias limitações (ignoradas pela sua diretoria) e também pela prepotência exacerbada ao pensar única e exclusivamente na Libertadores. Desdenhou o Campeonato Paulista e caiu vexatoriamente diante do rival, mas mesmo na competição sul-americana a equipe não dava mostras de sucesso.

No entanto, a maior crise ainda estaria por vir, Washington foi contratado como o salvador da pátria, porém tal fama gerou ciúmes dentro do elenco, Borges, Dagoberto e até André Lima se voltaram contra o "coração-valente". O resultado foi uma queda de produção acentuada do jogador e do elenco.

A situação ficou incontrolável dentro dos vestiários, mesmo assim a diretoria não garantiu nenhum respaldo ao técnico. Em todas as alterações do comandante alguém sempre saía de cara feia. Jorge Wagner foi para o banco, assim como Hernanes (a tal esperança).

Na última quinta-feira, após a derrota para o Cruzeiro a diretoria garantiu que o treinador “estava prestigiado”. Na linguagem do futebol significa: “se perder mais uma, ele caí”. Mas não foi preciso novo jogo e na sexta-feira, Muricy Ramalho deixou o comando do São Paulo Futebol Clube.

A surpresa foi a rapidez no anúncio do novo comandante, em menos de 12 horas, Ricardo Gomes já era dado como substituto. Com certeza, o politizado ex-zagueiro, já estava apalavrado com os senhores do Morumbi. Ou seja, restava apenas a queda do atual para que ele assumisse. Mas nos bastidores os questionamentos são outros, uma vez que o Morumbi está ameaçado de não sediar a Copa do Mundo de 2014, sendo assim Ricardo Gomes teria um bom relacionamento com o outro Ricardo, o Teixeira, em virtude de sua mulher ser filha do mandatário da CBF e uma das responsáveis pelos projetos para 2014.

É clara e notória que as pressões para o estádio sediar a copa são grandes. Donos de camarote reclamam que precisam receber o que pagaram pelo espaço. Desta maneira Juvenal Juvêncio deverá concentrar todos os investimentos no Morumbi, deixando o futebol em segundo plano.

Portanto quem pagou foi o técnico turrão que não se envolve em política e que dá a cara para bater. Que as perspectivas em torno da contratação de Ricardo Gomes não se confirmem, senão mais uma vez o futebol vai perder para o tal jogo de cena de nossos “senhores do ar-condicionado”.
Diogo Patroni

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Um substituto para Cristiano Ronaldo


Se a diretoria do Manchester United oficialmente ainda não iniciou a sua peregrinação atrás de alguém para ocupar a lacuna (e que lacuna!) deixada pelo gajo, que se debandou para o Real Madrid, o The Guardian se dispôs a ajudar e garimpou seis nomes potencialmente interessantes para Sir Alex Ferguson e companhia. São eles: Franck Ribery, David Villa, Aguero, Valencia (Wigan), Benzema e Javier Pastore, do Huracan.
Dos figurões citados na relação divulgada pelo tablóide, o francês Franck Ribery me parece ser a aposta mais indefectível.
Veloz, regateador, e cada vez mais emergente como uma das grandes estrelas do futebol mundial, Ribery atende a todos os requisitos para a posição de “ponteiro” dos Red Devils. Um dos grandes entraves na transação seria o alto valor imposto ao craque, que gravita em torno dos £ 50 milhões.
Caso as sondagens pelo camisa 7 do Bayern Munchen não avancem, uma boa alternativa seria a de investir em Antonio Valencia, equatoriano que foi um dos pilares da boa campanha do Wigan na última Premier League. Kun Aguero, Villa e Benzema me parecem candidatos a uma vaga no ataque, faixa em que acirrariam disputa pela titularidade com Rooney, Berbatov e, por enquanto, Tevez. Quanto ao argentino Javier Pastore, prefiro não emitir qualquer juízo, já que ainda não o vi atuar. Interessante notar ainda que, na mesma nota, o The Guardian crava os brasileiros Nilmar e Douglas Costa (Grêmio) como possíveis “contratáveis” pelo atual campeão inglês.


Ricardo Gomes

terça-feira, 2 de junho de 2009

Cadê o chinelo?

Adriano continua aprontando das suas. No domingo logo após o gol marcado na reestréia com a camisa rubro-negra diante do Atlético-PR, o imperador (agora Rei do Rio) caiu nas graças da massa. O Maracanã recebeu mais de 70 mil pessoas e antes da bolar rolar o espetáculo foi da torcida.

Tudo maravilhoso, Adriano marcando na volta e o Flamengo retomando o caminho da vitória e a torcida com boas perspectivas para o futuro. Mas foi só o domingo passar que o "velho" Adriano voltou a tona mostrando sua face indiscplinada.

O jogador não apareceu para treinar na segunda-feira e hoje a justificativa foi falta de comunicação com a diretoria. Será?

Pelo visto o ano será cheio de "imprevistos" na Gávea e se Adriano ganhar regalias quem perde é o Flamengo. Então um conselho ao imperador que esqueça os devaneios alheios e se concentre única e exclusivamente no futebol. Alô Adriano está me ouvindo?


Diogo Patroni