sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

As escolhas paradoxais de Dunga...


Ao mesmo tempo em que as convocações de Dunga nos enchem de esperanças em setores carentes de nossas fileiras canarinhos, como as apostas na jovialidade de Marcelo e Adriano (Sevilla), potenciais donos do flanco esquerdo, e Thiago Silva (seria crime preteri-lo!), disparado o melhor zagueiro brasileiro em atividade, algumas outras admissões nos deixam aflitos. Ainda não foram diagnosticados quais os critérios utilizados pelo ex-volantão gaúcho ao chamar os seus “congêneres” Gilberto Silva e Josué.

Cadeiras cativas na seleção, os dois veteranos sequer mostraram algo de interessante no quadrilátero nas últimas três temporadas em seus clubes, vide especialmente seleção. Após a saída do ídolo Henry do Arsenal, Gilberto era um dos principais candidatos a assumir de vez a braçadeira de capitão da tradicional agremiação londrina. Mas foi ai que sua derrocada teve início. Coincidindo com a péssima fase do brasileiro em campo, os Gunners, sob a batuta do astuto Arsene Wenger, emergiram com uma safra avassaladora de novos meias como, entre outros, Fabregas, Diaby e Denílson, todos eles com menos de 20 anos e ávidos por um lugarzinho no time. Essa foi a deixa para a súbita saída do ex-atleticano, que sucumbiu, sentiu-se abandonado, escorraçado, e assim deixou a equipe cinco anos após aportar, incrivelmente sem fazer falta alguma. Na mesma toada, seguiu para o Panathinaikos, onde assegura a titularidade simplesmente pela ausência de bons valores no time ateniense.


Já Josué tornou-se um estorvo depois de sua vitoriosa passagem pelo São Paulo. Ao contrário do que ocorrera com Gilberto Silva, o pernambucano virou rapidamente capitão do Wolfsburg, o que já é um grande mérito, mas... Jogador de muita movimentação (com um preparo físico adequado, qualquer um corre), demasiadamente voluptuoso, porém, sem cacoete nenhum para conduzir uma seleção que chegará (se chegar) à África do Sul para tentar apagar a campanha vexatória de 2006. Gilberto e Josué me parecem, momentaneamente, os dois principais dilemas da seleção canarinho nessa tropegante caminhada ao mundial. Pensando assim, porque não optar pelo dueto Hernanes e Ramires, que estão nos “cascos” e poderiam trazer um pouco mais de sobriedade e talento ao nosso meio campo capenga. No mais, nada a questionar a respeito das convocações de Pato (em ótima forma) e Ronaldinho Gaúcho, jogador ao qual é permitido dar sempre mais uma chance, e das rejeições, caso de Amauri, ainda muito atrás de Luis Fabiano e Adriano.


Ricardo Gomes

4 comentários:

  1. Muito bom os comentários, mas discordo de Hernanes e Ramires, poderiam dar chance ao Lucas do Liverpool, Denilson do Arsenal ou até mesmo o Edu do Valencia.

    Rick parabens pra vc e pro Diogo muito bem escrito o Blog de vcs.

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  2. Não acho q o Ronaldinho Gaúcho mereça mais uma chance... Chance ele já teve demais! Ele precisa acordar pra vida e começar a jogar bem no clube para merecer uma convocação.

    Adorei o blog! Continuem escrevendo!

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  3. Josué só funcionou no São Paulo e até hoje sobrevive do prestígio daquela época. É a maldição para quem abandona o tricolor! hahaha Se bem que isso não aconteceu com o Kaká...

    Quem é Amauri????? hahaha

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  4. Cara,

    Muito bom o blog, como sempre escrevendo muito bem Rick, parabéns. Agora o único porém sobre a escrita muito bem feita sobre a seleção do mais novo dos sete anões, é que a dupla formada por Hernanes e Ramires seria nova demais (repetindo o exemplo do Arsenal) e isso causaria uma instabilidade numa seleção desestabilizada, então o correto seria uma mescla de um dos dois (diga-se Hernanes) até porque os dois jogam de jeitos parecidos e um volante de contenção mais experiente, ou um meia que jogasse mais ao estilo Europeu de ser, uma espécie de Elano, não que o mesmo deva estar na seleção, mas pelas características.
    No mais, acredito que o Amauri deva se vestir de Azzura, uma vez que se na seleção não corresponder, será mais um "Afonso Alves". Apesar de ser mais jogador. Para o Ronaldinho, a chance já foi dada, e para fazer nada na seleção (exceto o primeiro jogo e a copa de 2002), existem outros que podem tomar facilmente o seu lugar. O Anderson poderia suprir a falta de um cabeludo no time.

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