sexta-feira, 31 de julho de 2009

Por que não Grafite?

Sou um dos poucos que defendem Dunga (e olha que já arrumei muita discussão por causa disso), mas seus números à frente da seleção brasileira são inegáveis e inquestionáveis. Sempre que exigido, o "carrancudo" ex-volante mostrou resultados, e melhor do que muitos treinadores que se julgam "top".

Mas em sua última convocação para o amistoso contra a Estônia, no dia 12 de agosto, Dunga mostrou certa incoerência ao convocar Diego Tardelli, do Atlético Mineiro. Independente dos problemas extracampo, o atacante sempre mostrou inconstância dentro das quatro linhas. É o típico jogador de altos e baixos, do qual não se pode confiar (apesar de brigar pela artilharia do BR-09).

O próprio Dunga diz que "futebol é momento e vão aqueles que estão melhores". Até aí perfeito, então por que não convocar Grafite? Campeão pelo Wolfsburg e artilheiro da Bundesliga com 28 gols. Se futebol é momento o de Grafite foi muito melhor do que o de Tardelli, pois o jogador contribuiu significativamente para o primeiro título do modesto Wolfsburg. Ou alguém acredita que o nove atleticano será capaz de realizar tamanha proeza?


Diogo Patroni

domingo, 26 de julho de 2009

Devaneio da semana

“O City tem tudo para se tornar um clube de massa. É um grande projeto. Cheguei no começo e desejo ficar para crescer junto com o time. Quero fazer parte desse crescimento. Em cinco anos será um grande clube, como Real Madrid e Barcelona”.

A frase é de autoria do imponderado Robinho, em entrevista ao jornal inglês “Daily Mail”. É justificável a intenção do atacante brasileiro em ser um dos sustentáculos do megalômano plano do ainda tacanho Manchester City, mas dai a projetá-lo como uma das principais forças europeias em apenas cinco temporadas é tripudiar de nossa inteligência. Menos Robinho, menos...


Ricardo Gomes

sexta-feira, 24 de julho de 2009

hipócrita e irracional?

Não concordo com as declarações de Mário Gobbi, vice-presidente, do Sport Club Corinthians Paulista, (nos principais veículos de comunicação) ao chamar as manifestações da torcida de hipócrita e irracional.
Ora, vice-presidente irracional para o torcedor é esfacelar uma equipe que conquistou três títulos em sete meses. Irracional é acabar com um projeto do "tão festejado" centenário.
O corintiano ficou muito machucado, após a queda para a Série B, e sua única alegria estava nessa equipe vitoriosa e vibrante. Portanto, hipócrita é o senhor que substima a capacidade de seu próprio torcedor, aquele que paga ingresso, e não tem onde estacionar, tampouco um banheiro decente, mas debaixo de sol ou chuva está lá para apoiar o Corinthians.
Respeite o verdadeiro corintiano, maloqueiro e sofredor

Diogo Patroni

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Levinho encarnado?

O avante brasileiro Liedson escancarou nesta sexta-feira por meio de uma carta à Federação Portuguesa o seu desejo em atuar pela seleção local. O envio da missiva dá combustível ao apelo de parte da imprensa lusitana de que o ex-jogador de Corinthians e Flamengo certamente disputaria uma vaga no pobre setor ofensivo português.

O próprio selecionador nacional, Carlos Queiroz, já estaria esmerilhando o caso. O baiano Liedson, que nunca foi brilhante, mas é um dos mais contundentes atacantes em atividade na Liga Portuguesa, passará assim a ser mais um dentre tantos que tentarão a sorte defendendo as cores da pátria consanguínea.

Ainda em fase de transição e variavelmente inapetente, a linha de frente dos Tugas é uma enorme vala aberta para “Levinho”, como o camisa 31 do Sporting Lisboa é carinhosamente chamado, mostrar o seu valor e, de repente, cavar espaço no grupo que disputará as últimas, e decisivas, rodadas das eliminatórias européias, na qual Portugal claudica e corre risco de nem viajar à África do Sul no próximo ano.


Ricardo Gomes

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Em busca da América-Parte II


Pois é, talvez nem o mais otimista dos atleticanos acreditaria numa virada do Estudiantes, em pleno Mineirão. A equipe orquestrada por Juan Sebástian Veron se portou muito bem, na casa do adversário e em nenhum momento se intimidou com os (poucos) gritos de "Vamos Cruzeiro" .

Matreiros e tarimbados os argentinos trataram de esfriar a partida logo no ínicio. Era jogador caindo no campo , deixando o cotovelo na dividida (Veron se vingou de Ramires) e principalmente fazendo rodízios de faltas em Kléber. Anti-jogo? trapaça?

Não, meu caro leitor a Libertadores é assim mesmo vence aquele que alia malandragem e catimba, com um futebol eficiente. Por isso deu Estudiantes, com toda justiça diga-se de passagem.

Agora um comercial de TV terá que ser atualizado para 22 Libertadores.
Diogo Patroni

Campeão europeu reforçado

O Barcelona, campeão da última edição da Champions League, fechou nesta quarta-feira a contratação do lateral-esquerdo brasileiro Maxwell. Segundo a imprensa europeia, o negócio é fruto de um acordo consensual entre o clube espanhol e a Internazionale, que deverá receber £ 4,5 milhões como contrapartida.

Esquecido por Mourinho em Milão, que nunca negou a sua predileção pelo jovem Santon, o utilitário Maxwell chega para tentar preencher uma lacuna que teima em perdurar há pelo menos três temporadas. Desde a saída do modesto Van Bronckhorst, peça interessante na engrenagem do grande time que levou a CL em 2005/06, o Barça não conseguiu emplacar um canhoto convencível por aquele lado.

E é exatamente ai que reside a válvula que fomenta as esperanças de Maxwell em vingar com a camisa blaugrana. Seu único concorrente na posição, o francês Abidal, ainda não foi nem sombra do bom jogador que brilhou no Lyon.

Nascido em Cachoeiro do Itapemirim, Maxwell surgiu nas categorias de base do Cruzeiro, mas se transferiu para a Europa antes mesmo de estrear como profissional. Aos 20 anos, foi contratado pelo Ajax, após se destacar em um torneio na Holanda. Em 2006, transferiu-se para a Inter, emblema onde conquistou três títulos da Serie A e duas Supercopas da Itália.


Ricardo Gomes

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Em busca da América - Parte I

Nesta quarta-feira, a partir das 21h50, Cruzeiro e Estudiantes iniciam a luta pelo título da Libertadores da América. As equipes já se enfrentaram na fase de grupos, porém os confrontos não servem como parâmetros para a grande final.

No jogo de ida, no Mineirão, vitória da Raposa por 3 a 0, com direito a espetáculo de Kleber. Já na volta os hermanos venceram os mineiros por 4 a 0, após muita confusão fora de campo. Tenho ouvido por aí que o Cruzeiro é amplamente favorito, mas há de se respeitar o futebol argentino tão aguerrido nas finais. Os números comprovam que em 11 decisões de Libertadores foram 8 vitórias argentinas, contra apenas 3 brasileiras.

O Estudiantes não tomou nenhum gol em casa e tem no seu maestro Juan Sebástian Verón, a inspiração para a vitória. Hoje acredito que se perder por um gol, para o Cruzeiro já é um bom negócio. Mas se a equipe celeste mostrar o mesmo futebol que jogou contra São Paulo e Grêmio, aí sou mais Cruzeiro.

Cravo 1 a 1. Ah hoje é dia de escutar: "Amigo, hoje o Cruzeiro é Brasil na Libertadores" (então os atleticanos são Argentina?).

Diogo Patroni