sábado, 28 de fevereiro de 2009

Bye,bye

Neste sábado, mesmo sem jogar, o Manchester United viu o tricampeonato da Premier League cada vez mais próximo. Tudo graças há uma boa combinação de resultados.
O Liverpool teoricamente era o único rival direto dos "diabos vermelhos"na briga pelo título. No entanto, a equipe de Anfield Road desperdiçou uma grande chance de enconstar no United, em função da derrota por 2 a 0 diante do Middlesbrough (equipe que estava na zona de rebaixamento).

O Chlesea sofreu para vencer o Wigan por 2 a 1, em Stranford Bridge. A equipe do holandês Guus Hiddink fez uma exbição abaixo do esperado e não fosse o gol salvador de Lampard aos 45 minutos do segundo tempo, os blues somariam o décimo empate em casa na competição.

Já o Arsenal não consegue marcar gols e pela quarta vez consecutiva registrou o mesmo placar, desta vez o 0 x 0 foi contra o Fulham, no Emirates.

O Manchester United lidera comfortavelmente com 62 pontos, sete a frente de Chelsea e Liverpool e ainda com um jogo a menos. A equipe de Old Trafford ainda buscará mais título na temporada. A disputa em questão será a final da Carling Cup, neste domingo às 12h contra o Totenham, em Wembley.
Diogo Patroni

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Especulaciones (parte II)

Outro nome bastante aventado para o lugar do quase demitido Ancelotti é o de Roberto Donadoni, segundo manchetou a edição de hoje do jornal “La Gazetta dello Sport”.

A possível admissão do “aprendiz” de técnico e ex-jogador do Milan e da seleção italiana segue uma tendência mundial: a de grandes clubes (e seleções) apostarem cegamente em treinadores com pouca expressão profissional, mas que, enquanto integrantes de seus planteis como jogadores, fizeram acontecer.

Vale ressaltar também que a provável vinda de Donadoni-que concluiu melancolicamente a sua passagem como comandante da Azurra- já aponta para uma imediata, ainda que tardia, reformulação no elenco milanês, incluindo dispensas de jogadores e membros da atual comissão técnica.

Acompanhemos então desenrolar dessa novela, que parece ter um final já bem delineado caso a equipe do turrão Carlo Ancelotti sofra um novo revés no domingo, dessa vez frente a Sampdoria, em confronto válido pela Lega Calcio.
Ricardo Gomes

Especulaciones

Este será um post curto, cujo intuito é esclarecer uma dúvida.
Em meio aos pensamentos na noite de ontem (após a eliminação do Milan na Copa da UEFA) me veio a memória a idéia:
Será que pode pintar Felipão no Milan?
É claro que Ancelotti não continuará no comando da equipe e Scolari possui a admiração e o respeito das principais estrelas rossoneras. Os brazucas, Kaká, Ronaldinho e Pato com certeza adorariam a idéia. Outro ponto a favor de Felipão, no Milan diz respeito a forte ligação que ele mantém com o diretor Leonardo.
Com certeza polêmicas vão surgir e ai vocês acreditam?
Diogo Patroni

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Façam suas apostas

Chelsea e Juventus fizeram um jogo não fora do comum, uma vez que ambas equipes possuem características semelhantes. A marcação e o futebol pragmático de resultados é o trunfo, tanto de ingleses como de italianos. No entanto, o 1 a 0 dos "blues" chegou a ser um resultado espantoso (e ainda com gol de Drogba).
A equipe londrina não atravessa um bom momento, porém conseguiu segurar a pressão de "La Vecchia Signora". Mas no Delle Alpi, em Turim me arrisco a dizer: Juventus 2 a 0.
A surpresa da rodada certamente foi a vitória do Liverpool, ante o ex-galático Real Madrid. Os merengues vinham de boa recuperação no campeonato espanhol e depositavam todas as fichas na velocidade de Arjen Robben. Já os "reds" mostraram que existem certos times, com a cara de certos torneios (como o Grêmio no Brasil). O Liverpool soube neutralizar as principais jogadas dos espanhóis, e em belo cruzamento de Fábio Aurélio, Benayon literalmente achou o gol.
Agora, em Anfield Road ficará complicado para o Madrid, pois o golzinho fora do Liverpool lhe dá grande vantagem. Palpite: Liverpool 2 x 1 Madrid.


Diogo Patroni

Bayern soberbo; Villareal vacilante

Confesso que, mesmo em meus devaneios mais longínquos, não imaginaria que, diante da atual inconstância, o Bayern München fosse ser tão impiedoso a ponto de aplicar um sonoro 5 a 0 frente o Sporting Lisboa, em pleno José Alvalade. Goleada competentemente construída com tentos de Ribery (dois), Luca Toni (dois) e Klose.

Não precisa nem dizer que a expressiva vantagem construída pela equipe bávara já a qualifica para a próxima etapa da Champions League, possibilitando assim, uma maior economia de suas energias para a fase mais aguda da Bundesliga-campeonato que multiplica a cada rodada os postulantes ao título.

Engraçado que após as últimas apresentações capengas na liga domésticas, com derrotas seguidas para Hertha e Köln, a equipe comandada por Klinsmann reencontrou a exuberância de seu futebol (quase que uma antítese da essência ludopédica germânica) exatamente ante um rival embalado por bons resultados no campeonato português, incluindo o triunfo por 3 a 2 contra o arquirrival Benfica no último sábado, em um dos melhores jogos da temporada naquele país.

Já na outra partida “de fundo” da rodada de ida das oitavas, Villareal e Panathinaikos (do glorioso Gilberto Silva) fizeram um jogo dentro de suas expectativas e tradições no nobre interclubes europeu. Resultado: 1 a 1. O estrago para o “submarino amarelo” poderia ter sido bem pior no El Madrigal, não tivesse o prodígio italiano Giuseppe Rossi empatado a peleja na metade da etapa complementar. Antes disso, Karagounis já havia adiantado os visitantes no placar ao anotar, com um petardo, o gol inaugural do confronto. Desta feita, me parece muito palpável a classificação do Pana, feito que seguramente seria apoteótico para o decadente futebol grego.

Ricardo Gomes

A retranca de Ancelotti

Milan e Werder Bremen fizeram dois grandes jogos pela 2ª fase da Copa da Uefa. Na partida de ida, em Bremen os "rossoneros" abriram o placar com Pipo Inzaghi e tiveram ínumeras chances de aumentar o placar. No final Diego fez um belo gol e decretou a igualdade no marcador.
Já no jogo de volta, em Milão, novamente persistiu a superiodade italiana que aos 26 minutos do primeiro tempo fez 1 a 0, com Pirlo de pênalti. Sete minutos mais tarde os donos da casa ampliaram para 2 a 0, em belo chute de Alexandre Pato e pareciam consumar a classificação para as oitavas de final.

Mas para felicidade dos alemães e tristeza dos rossoneros, o Milan tem no banco de reservas Carlos Ancelotti. Assim como na primeira partida, o treinador sacou seus homens de criação no meio campo e encheu o time de volantes. Resultado chamou o Bremen (que parecia morto) ao ataque. Diego era sem dúvida o mais lucido de uma equipe desesperada, porém guerreira.
Até que o peruano Pizarro empatou em duas bolas para a área da fraca defesa milanesa. Com o resultado agregado o Bremen eliminou o Milan e estabeleceu o castigo para a teimosia covarde de Ancelotti.

Não é somente nesta partida que o treinador falha no comando de sua equipe. Afinal é notório que Beckham, Ronaldinho, Seedorf e Kaká não podem,e não devem fazer parte de rodízios para darem lugar a Ambrosini, Favali e Flamini.

Parece que os dias de Ancelotti, em Milão estão contados. É esperar para ver. Para o bem do futebol.



Diogo Patroni

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Obviedades na CL

Os resultados consumados na abertura da fase de oitavas-de-final da Champions League em nada me surpreendeu.

Em Milão, no que se convencionou a intitular de “a final antecipada”, Internazionale e Manchester United não tiraram o zero do marcador. Manutenção de um placar que pode ser creditado principalmente à exibição monstruosa do arqueiro interista Julio César, que, por pelo menos quatro vezes, barrou chances claras dos visitantes (três delas em arremates de Cristiano Ronaldo). A igualdade no Giuseppe Meazza indica mais um embate parelho na partida de volta, que será disputada no Old Trafford. Com a provável presença de Rooney desde o início da partida (o que me parece o mais sensato), o apuramento do United para a próxima fase ganha um trunfo de peso. Do lado nerazurri, os contragolpes abastecidos pela trinca Ibrahimovic/Adriano/Muntari parece ser a maneira mais bensucedida de furar a solidez defensiva inglesa. Com esse panorama, me arrisco a dizer que o atual campeão europeu segue vivo na disputa.

Na capital espanhola, sinal amarelo para o Atlético de Madrid, que decepcionou a sua torcida ao empatar por 2 a 2 com o Porto (Maxi Rodrigues e Forlán marcaram para os anfitriões, enquanto Lisandro Lopez bisou para os visitantes). Mais um confronto que parece indefinido, embora os portugueses joguem por um simples empate no Estádio do Dragão. Todavia, quem tem Aguero tem esperança. Cravo vitória dos Colchoneros.

Em Londres, Van Pierse estabeleceu a vitória modorrenta por 1 a 0 do Arsenal diante da Roma. Resultado normal. A conferir as últimas aventuras romanas nos mata-mata da CL, não hesito em catapultar os Gunner como triunfantes nesta eliminatória.

E, fechando a noite de terça-feira, Lyon e Barcelona se enfrentaram no Gerland. Juninho anotou um belíssimo gol de falta logo aos 7 minutos e colocou os franceses em vantagem, mas, após ceder campo à armada ofensiva catalã, o time da casa levou o castigo aos 22 da segundo etapa por intermédio de Henry. Uma pena para a equipe de Claude Puel, que terá agora pela frente o devastador retrospecto do Barcelona atuando em seus domínios. Meu palpite: Messi e cia nas quartas.

Aguardemos...
Ricardo Gomes

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Pérolas indeléveis

Aproveitando a entressafra de ideias que me acometem, dedico esse post apenas à reprodução de algumas das frases mais brilhantes já produzidas por personagens ímpares do nosso futebol. A relação a conferir logo abaixo se atém quase que exclusivamente à jogadores brasileiros. O "quase" se explica pelo fato de termos um único pronunciamento forasteiro, que, para espanto geral da nação, é de autoria de um português.

Um detalhe interessante dessa seleção é a presença em pelo menos três oportunidades do ainda atacante e "maior artilheiro de sempre de Portugal", Jardel, e do folclórico ex-presidente do Corinthians, Vicente Matheus. Enquanto um se destaca pela visível falta de congruência em seus comentários, o outro opta por um humor voluntário e aguçado.

Portanto, leia e divirta-se:


'Chegarei de surpresa dia 15, às duas da tarde, vôo 619 da VARIG.' (Mengálvio, ex-meia do Santos, em telegrama à família quando em excursão à Europa)

'Tanto na minha vida futebolística quanto com a minha vida ser humana.' (Nunes, ex-atacante do Flamengo, em uma entrevista antes do jogo de despedida do Zico)

'Que interessante, aqui no Japão só tem carro importado.' (Jardel, ex-atacante do Grêmio)

'As pessoas querem que o Brasil vença e ganhe.' (Dunga, em entrevista ao programa Terceiro Tempo)

'Eu, o Paulo Nunes e o Dinho vamos fazer uma dupla sertaneja.' (Jardel, ex-atacante do Grêmio)

'O novo apelido do Aloísio é CB, Sangue Bom.' (Souza, meio-campo do São Paulo, em uma entrevista ao Jogo Duro)

'A partir de agora o meu coração só tem uma cor: vermelho e preto.' (Jogador Fabão, assim que chegou no Flamengo)

'Eu peguei a bola no meio de campo e fui fondo, fui fondo, fui fondo e chutei pro gol.' (Jardel, ex- jogador do Vasco e Grêmio, ao relatar ao repórter o gol que tinha feito)

'A bola ia indo, indo, indo... e iu!' (Nunes, jogador do Flamengo da década de 80)

'Tenho o maior orgulho de jogar na terra onde Cristo nasceu.' (Claudiomiro, ex-meia do Inter de Porto Alegre, ao chegar em Belém do Pará para disputar uma partida contra o Paysandu, pelo Brasileirão de 72)

'Nem que eu tivesse dois pulmões eu alcançava essa bola.' (Bradock, amigo de Romário, reclamando de um passe longo)

'No México que é bom. Lá a gente recebe semanalmente de 15 em 15 dias.' (Ferreira, ex-ponta esquerda do Santos)

'Quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe.' (Jardel, ex-atacante do Vasco, Grêmio e da Seleção)

'O meu clube estava a beira do precipício, mas tomou a decisão correta, deu um passo a frente.' (João Pinto, jogador do Benfica de Portugal)

'Na Bahia é todo mundo muito simpático. É um povo muito hospitalar.' (Zanata, baiano, ex-lateral do Fluminense, ao comentar sobre a hospitalidade do povo baiano)

'Jogador tem que ser completo como o pato, que é um bicho aquático e gramático.' (Vicente Matheus, eterno presidente do Corinthians)

'O difícil, como vocês sabem, não é fácil.' (Vicente Matheus)

'Haja o que hajar, o Corinthians vai ser campeão.' (Vicente Matheus)

'O Sócrates é invendável, inegociável e imprestável.' (Vicente Matheus, ao recusar a oferta dos franceses)


Ricardo Gomes

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O amor do tricolor

Hoje o São Paulo acabara de fazer sua estréia na Taça Libertadores, campeonato que julga ser o mais importante em disputa. Sendo assim o torcedor tricolor também sente algo especial pelo maior torneio da América, e comparece em bom número ao Morumbi para incentivar a equipe do início ao fim.
Antes da partida contra o Indepediente Medelin (COL) acompanhei a entrevista de Rogério Ceni, para o programa Concentração na Rádio Bandeirantes. "Libertadores é diferente, e eu particularmente gosto dessa competição. Com todo respeito ao Corinthians, mas no jogo de domingo eu senti que os jogadores não estavam concentrados por que todo mundo no São Paulo só pensa em Libertadores", explicou o arqueiro sãopaulino.
Em partes Rogério talvez tenha razão, mas só não concordo em menosprezar as demais competições do calendário nacional. É impressão ou o São Paulo não gosta de ser tri-brasileiro? e se ganhar o Campeonato Paulista não vai comemorar?
Ganhar sempre é bom em qualquer circunstância. Desta maneira é melhor a diretoria tricolor mudar sua trajetória de pensamento, pois se perder a Libertadores perderá o ano e consequentemente o planejmento. Para uma equipe tradicional como o São Paulo o raciocínio deve ser entrar para ganhar tudo o que está em disputa.
E se o Indepediente vencesse o jogo de hoje?
Não haveria nada demais e nesta competição todos os jogos serão difíceis. Abre o olho tricolor.
Diogo Patroni

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Adeus 100%

Pela primeira rodada (fase de grupos) da Taça Libertadores, o Palmeiras foi o Quito enfrentar a atual campeã e bem montada LDU. A partida foi muito movimentada com os dois times lançando-se ao ataque. Os palestrinos esbarraram na infelicidade de Marcos e Edmilson, seus jogadores mais experientes, mas fizeram boa apresentação.
O destaque da partida (e quem sabe desta Libertadores) é o meia Argentino Manso. A camisa 21 de La Liga, deu um belo passe para o gol de Walter Calderon, fez outro em linda cobrança de falta e ainda deixou os zagueiros palmeirenses atordoados com seus dribles e passes milimétricos.
Amanhã muitos vão dizer que o Palmeiras perdeu a invencibilidade e que até então só tinha enfrentado baba. A equipe de Luxemburgo perdeu sim, mas perdeu para um grande adversáro, que joga um futebol rápido e não é a toa que a LDU foi campeã ano passado.
A Libertadores já começou e os favoritos sempre são os mesmos (São Paulo, Boca, Cruzeiro e Palmeiras), mas quem sabe não possa pintar uma surpresa igual a 2008?


Diogo Patroni

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Literalmente o espetáculo foi manchado

Um dos piores São Paulo e Corinthians dos últimos anos foi este o rescaldo do clássico de domingo. Talvez, a razão pelo baixo nivél técnico se aplique pelas discussões polêmicas e sem fundamento entre dirigentes (discussões alimentadas por grande parte da imprensa).
Durante toda semana vimos bombardeios de informações sobre os 10% dos ingressos, acusações veladas e melindre de ambos os lados.
Exatamente por este motivo o jogo de hoje não merecça nenhum destaque especial. Os jogadores pareciam estar em uma verdadeira arena de lutas e esqueceram-se de jogar única e exclusivamente futebol. O resultado de tudo isso?
13 cartões amarelos
3 vermelhos

Por tudo que produziram São Paulo e Corinthians merceram mesmo ficar no empate e podia ser 0 a 0.
Com relação aos incidentes nas arquibancadas do Morumbi, entre corintianos e a PM, não vale a pena comentar. O post de Juca Kfouri (no blog do Juca) já diz.

"Crônicas de uma guerra anunciada"



Diogo Patroni

Somente um lado da moeda

Inconcebível. Assim eu defino a aparentemente despretensiosa eleição promovida pela Rede Globo para escolher entre Zico e Zidane quem foi o mais competente. Não encontro tantas razões nobres para pautar esse assunto neste espaço, mas vale sublinhar que o pleito traz à luz o provincianismo visceral e sem escrúpulos da emissora carioca.

O confronto colocou frente a frente duas significâncias do futebol, talvez os melhores entre os seus contemporâneos. Zizou conquistou quase tudo com Juventus e Real Madrid, faturou a Copa do Mundo jogando uns 60% de suas probabilidades técnicas e atuou com exuberância durante quase toda a carreira. Zico foi igualmente genial, uma bandeira na história do Flamengo-time pelo qual arrebatou o Mundial de Clubes de 1981-mas, por sua vez, teve passagem modesta e fugaz pelo futebol europeu, quando atuou pela Udinese, e não levou o título quase certo do mundial em 82.

Portanto, cada um colocado devidamente em seu patamar, dentro de todos os aspectos circunstanciais e das peculiaridades de cada época. Mas a Globo, sempre acima do bem e do mal, fez questão de despejar a discussão sob julgamento unilateral. Para se ter uma idéia, dos “especialistas” instados, somente um, Cláudio Carsughi, não era brasileiro de nascimento. Todos os outros, a maioria de naturalidade carioca, cravaram o galinho de Quintino como vencedor do duelo. Quanto à Zidane, suas poucas imagens resumiram-se aos dois tentos fulminantes na melancólica decisão em 98. E só. Além disso, o quadro-que já havia cotejado Romário e Ronaldo-tratou de se referir ao francês como o ‘carrasco brasileiro’, traduzindo a sua trajetória a uma atípica partida.

A falta de apuração e de boa vontade em acompanhar o futebol jogado além das nossas fronteiras deixa transparecer o quanto minimalista é a Rede Globo quando o tema é futebol. Nem sempre a hegemonia reproduz credibilidade.
Ricardo Gomes

sábado, 14 de fevereiro de 2009

O espetáculo foi manchado

Como tem sido de praxe, os últimos jogos entre São Paulo e Corinthians têm enolvido muita polêmica. Mas infelizmente as discussões não se aplicam apenas dentro das quatro linhas, e sim nos bastidores.
Na semana que passou dirigentes trocaram farpas e acusações. Desta forma o real motivo do embate ficou abandonado. Parece que no jogo deste domingo pouco interessa se Hernanes retornará após suspensão, se Douglas joga ou não joga, tampouco qual será o esquema tático utilizado por MuricyRamalho e Mano Menezes.
A expectativa que gira em torno da partida é saber se os torcedores tricolores conseguirão preencher todos os assentos do Morumbi, ou se a os alvinegros comprarão a carga total de 10%, que lhes é de direito. Infelizmente o espetáculo ficou em segundo plano e todo o retrospecto histórico do clássico foi manchado graças ao amadorismo dos cartolas (mais uma vez).
Que vença o melhor.


Diogo Patroni

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Verdão arrasador

Na noite de ontem (11), o Palmeiras conseguiu mais um brilhante feito de sua rica história. A equipe comandada por Vanderley Luxemburgo igualou o recorde de oito vitórias consecutivas, em um início de temporada. Tal feito acontecera somente em 1920, quando o clube ainda carregava a alcunha de Palestra Itália. Naquele ano o Palestra conquistou seu primeiro título paulista, com apenas duas derrotas (para Corinthians e Paulistano).
O Palmeiras-09 estreou diante do Santo André, após muita desconfiança. A equipe havia perdido dois jogos treinos, diante de Rio Claro e União São João. Mas como disse o jovem goleiro Bruno "jogo treino é para errar mesmo e preparar a equipe para a temporada". E parece que o recado foi ouvido por todos no Palestra Itália.
A equipe alviverde não só vem ganhando seus jogos, como também tem feito ótimas apresentações. O time está ajustado com Diego Souza e Cleiton Xavier em ótima forma, além da brilhante presença do artilheiro Keirrisson. Outro ponto favorárel para os palestrinos nesta temporada foi a volta do zagueiro pentacampeão, Edmilson, que tem mostrado muita firmeza e segurança ao lado de seus companheiros.
Agora resta saber se as coincidências com o Palestra Itália vão continuar até o fim do Campeonato Paulista?


Diogo Patroni

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Rescaldão da "quarta-feira Fifa”

Alguns breves comentários sobre outros três amistosos internacionais que agitaram essa quarta gorda:

Portugal 1 X 0 Finlândia: Jogando no Estádio do Dragão, os portugueses venceram pela margem mínima o selecionado escandinavo. O gol solitário saiu graças a Cristiano Ronaldo, que converteu com êxito um pênalti aos 33 do segundo tempo. A vitória deu sobrevida ao técnico Carlos Queiroz, que já vivia sob o fantasmagórico risco de demissão após a goleada sofrida diante do Brasil no final do ano passado. Vale lembrar que os encarnados não guardam boas lembranças dos confrontos contra a Finlândia. Em 2002, às vésperas da Copa do Mundo, a seleção comandada por Figo e Rui Costa engoliu em casa retumbantes 4 a 1, resultado que por pouco não derrubou o então técnico Antonio Oliveira.

Alemanha 0X1 Noruega: Atuando em Dusseldorf, a Alemanha conseguiu a proeza de perder para a Noruega por 1 a 0, tento de Grindheim, aos 18 minutos da etapa final. Defesa vulnerável, meio campo acéfalo e ataque inerte. Assim jogou a equipe de Joachim Löw nesta quarta. Sinal amarelo para os germânicos, que precisarão melhorar muito se quiserem almejar algo no Mundial de 2010.

Espanha 2X0 Inglaterra: Um dos placares mais óbvios desta jornada. A Espanha manteve o brilhantismo apresentado na última Euro, vencida pela segunda vez após 44 anos. David Villa-sempre ele- e Llorente-o "gigante basco"- decretaram o triunfo ante o English Team, que foi superior apenas na primeira metade de jogo. Do lado britânico, a comemorar apenas a histórica marca galgada por David Beckham, que, ao entrar em campo no segundo tempo, igualou a marca do lendário Bobby Moore de 108 jogos pela seleção.


Ricardo Gomes

Argentina soberana; Messi simplifica o futebol

Essa interessante rodada de amistosos pelo mundo afora me trouxe duas certezas. A primeira diz respeito ao desempenho da seleção argentina sob o comando de Maradona.

Há meses eu não via esse time correndo tanto em campo, ocupando os espaços de forma tão voraz, verticalizando as jogadas sempre com celeridade, mesmo em território inimigo, além de pouco oferecer aos seus oponentes a chance do revide. Foi o que se viu no “amigável” frente à França, que por sinal, vive animosas relações com a sua fanática torcida após as últimas desastrosas exibições.

Noto que a Argentina, a exemplo do Brasil, só refutam qualquer dúvida sobre as suas reais e factíveis capacidades quando tem pela frente adversários reconhecidamente tradicionais.

Já a minha segunda e sucinta crença refere-se à Messi. É impressionante a sua capacidade de flanar diante do brutal entrave com os adversários, sempre ávidos por um pedaço de suas pernas. A intrepidez e a leveza com as quais supera os defensores resumem o seu indiscutível protagonismo no futebol mundial.
Ricardo Gomes

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Dunga se consolida cada vez mais

Talvez ninguém esperasse por uma boa apresentação da seleção brasileira na partida desta tarde diante da Itália. Muito pelo contrário, talvez muitos torcessem por uma derrota do escrete canarinho, agora que a sombra de Felipão assola de vez o ex-capitão.
Quando a CBF marcou os amistosos (Portugal e Itália) provavelmente achou que neste período seria consolidada a queda de Dunga. Muito pelo contrário, a equipe cresceu de produção, os resultados vieram e principalmente os jogadores adquiriram personalidade (é o caso de Maycon, Julio César, Elano, Robinho e Luis Fabiano).
No momento não há nenhum selecionado que exiba um futebol brilhante. A Argentina de Maradona busca encontrar um padrão e um estilo de jogo. A Itália de hoje, não é sombra daquela de 2006, a Alemanha vive com seu futebol de resultados e Portugal está em frangalhos depois da saída de Felipão. Provavelmente as únicas que encantam são Espanha e Holanda.
Portanto como dizia o slogan de uma campanha política "deixem o homem trabalhar".

Diogo Patroni

Tudo igual

Acho que pela primeira vez em muitos anos, uma seleção brasileira inaugura as suas atividades no ano com decência.
Após o enfrentamento ante Portugal em novembro passado, a equipe de Dunga, veja só, encara pela segunda vez consecutiva num intervalo menor que quatro meses um selecionado “top de linha”. A ocasião é ímpar. O jogo dessa tarde é apenas o 13º entre Brasil e Itália em toda a história envolvendo as suas formações principais, estranho assim, dada a proximidade entre as duas nações não só na conjuntura esportiva (diga-se futebol) como também culturalmente, ainda que com muitas ressalvas.
Como não poderia deixar de ser, a rigor, os dois conjuntos se equivalem, se levarmos em consideração o atual momento de ambas. A Itália não convence desde que levou o tetracampeonato mundial na Alemanha, em 2006. De lá pra cá, o melhor que conseguiu foi levar para as penalidades máximas o embate diante da Espanha pelas quartas-de-final da Euro 2008- a Fúria era plenamente superior.
O Brasil não fez tão diferente nos últimos três anos. Tirante belas exibições contra Argentina-no mesmo Emirates Stadium- e Portugal, em Brasília, o caminho rumo à África do Sul tem sido lastimável. Portanto, se tivesse que apostar num resultado hoje cravaria, sem pestanejar, um empate, a exemplo do que ocorreu no último encontro entre as duas seleções, em 1997.

Ricardo Gomes

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O insucesso dos treinadores brasileiros

A demissão de Felipão pelo Chelsea não é nenhuma novidade para treinadores brasileiros na Europa. Um dos mais recentes (e último) foi Vanderley Luxemburgo que treinou o Real Madrid, em 2005.

Assim como Luxa, Felipão não fazia uma campanha excepcional no comando dos "blues", mas também não fazia uma das piores. O brasileiro teve o pior desempenho (64%) entre os últimos dois técnicos que passaram pela equipe londrina. José Mourinho teve 82% de aproveitamento e conquistou dois títulos da Premier League, o israelense Avram Grant teve 72% e conduziu a equipe á primeira Final da Champions League, no ano passado.

As façanhas dos sucessores só foram possíveis graças a ingestão de capital, para que se montassem verdadeiros esquadrões. Por conta da crise financeira e dos milhões jogados ao vento pelo magnata Roman Abramovich, Felipão só ficou com a sobra . O que é Ballack, Ash Cole e Drogba? Com a contusão de Joe Cole, a equipe não teve reposição à altura e com isso o elenco ficou muito enfraquecido. Outro motivo pelo "insucesso" de Big Phil foi a falta de comprometimento de seus atletas, uma vez que muitos sonhavam com futuras negociações.

Quem acompanha futebol sabe o que acontece nos bastidores. É evidente que existe um boicote a capacidade dos treinadores brasileiros. Da mesma forma aconteceu com Luxemburgo e acontecerá com outros brasileiros que se aventurarem no velho continente.


Diogo Patroni

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Lá tinha um bando de louco na chuva


Parabéns aos bravos 26 mil torcedores que foram ao Pacaembu para assistir ao jogo Corinthians x Portuguesa. No primeiro tempo sim houve futebol, mas já na segunda metade da partida o que se viu foi uma verdadeira disputa de pólo aquático, com o gramado parecendo uma imensa piscina de lama.

No entanto, o árbitro Flávio Rodrigues Guerra só teve bom senso a partir do 4º minuto do segundo tempo. Neste momento começou a confusão, o letreiro do Paulo Machado de Carvalho anunciou a suspensão da partida. Ordem esta que teria partido do árbitro e que fora comunicada à Chicão e Cesar Prates, capitães de Corinthians e Portuguesa, respectivamente.

Todas informações eram desencontradas, muitos torcedores já deixavam o estádio em busca de um antigripal na fármácia mais próxima e os atletas (das duas agremiações) já estavam de banho tomado e prontos para irem embora. Mas neste intervalo surge um telefonema do Major Marinho e o show tem que continuar. Pior para Corinthians, Portuguesa e principalmente para o torcedor. Onde está o respeito com aqueles que pagam ingresso e ficam a mercê de chuva constante na cabeça por mais de três horas?

Ah o jogo terminou empatado em 1 a 1.





Diogo Patroni

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Brasileirão 2009 repete tabela do Palmeiras

Nesta sexta-feira a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) divulgou a tabela do Brasileirão 2009, que se inicia no dia 10 de maio. A príncipio serão 10 jogos envolvendo 20 equipes, até ai nada de anormal, porém há algumas controvérsias com relação há algumas partidas.
O Palmeiras curiosamente estréia contra o Coritiba (mesmo adversário da 1ª rodada do campeonato passado). Na segunda rodada a repetição também acontece, entre Internacional x Palmeiras (somente o mando é invertido). No terceiro jogo a equipe de Parque Antártica enfrenta o São Paulo, enquanto no ano passado o jogo foi diante da Portuguesa.
Para mais uma infeliz coincidência de quem organizou a tabela, a sexta partida será diante do Curzeiro, no Palestra Itália (igual ao Brasileirão 2008). Será que não era possível fazer uma tabela diferrente, em relação à edição passada. Por que só o Palmeiras repete a mesma sequência de jogos?
Diogo Patroni

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Símbolos de raça

Na rodada do Paulistão, de ontem tivemos a demonstração de dois símbolos de raça, dois jogadores incansáveis que sofrem por seus clubes. O primeiro deles é o arqueiro Rógerio Ceni, do São Paulo Futebol Clube e ícone máximo do tricolor paulista.
Rogério sim falhou bisonhamente no gol do Bragantino, porém logo em seguida deu mostras de amor à sua equipe ao se deitar no gramado e lamentar o fato de não poder mais ajudar o time. O goleiro sentiu novamente a contusão e desabou com a mão na cabeça e a consciência de quem retornou muito antes do previsto, ou como dizemos na linguagem do futebol foi fominha. Mas foi fominha por amor e por gostar de jogar futebol e principalmente de estar presente em todas as conquistas do São Paulo
Chicão o Xerife do Timão
Jogo feio truncado, a zaga atordoada e Paulista 2 x 1 Corinthians. Mas eis que surge Chicão, o zagueiro artilheiro e salvador da pátria alvinegra. Após pênalti em Souza aos 20 minutos do segunto tempo, o zagueiro foi para a cobrança e converteu empatando a partida.
Já dez minutos mais tarde, após falta em Otácilio Netto, Chicão se apresentou mais uma vez e após um pequeno entrevero com André Santos, o camisa três de Parque São Jorge guardou mais uma e o quinto gol no Paulistão, sendo três gols só nos ultimos dois jogos.
Haja vista se todas as equipes pudessem contatar com a valentia e a hombridade desses dois jogadores, talvez conseguiriamos resgatar o velho amor à camisa, ou não?
Diogo Patroni

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Henry vaticina


Retomando a velha forma, o atacante francês Thierry Henry aproveitou a ótima atmosfera entre os jogadores barcelonistas para destilar um pouco de humildade e companheirismo, o que, convenhamos, é demais oportuno no momento.

- Messi é o melhor jogador do mundo. Ele poderá obter o mesmo sucesso de Ronaldinho Gaúcho no início de sua passagem por aqui. Mas só o futuro dirá, veremos dentro de dez anos – disse o carrasco brasileiro na Copa de 2006.

Para mim, apesar da contundência, Henry choveu no molhado. E digo mais, acho até que Messi, ou Messias, dependendo da circunstância, suplantará em termos de títulos e conquistas individuais o seu amigo brasileiro. Isso independe de seu desempenho com a camisa da seleção, da qual inclusive, já recebe contestações por parte de torcedores (segundo confidencia o redator Diogo Patroni) e até do ídolo “mor” dos portenhos, el diez Maradona. Vale lembrar que entre 2004 e 2005, período em que Ronaldinho reinventou o tão propalado futebol-arte e tirou o Barcelona de um indigesto jejum de títulos, o antigo ídolo catalão pouco encantou enquanto esteve em campo com a camisola verde e amarela.

Henry só colocou em xeque uma de suas previsões: a do tempo que o argentino levará para conseguir o que o dentuço conseguiu. Acredito que em três anos (chutando por alto), Lionel já terá sacramentado o seu nome como um dos maiores, senão o maior, que já vestiram a indumentária blaugrana.

É um exercício no mínimo interessante vislumbrar o que Messi, no alto de seus 21 aninhos, fará até os 28, 29, idade em que, segundo os catedráticos da bola, dura o ápice técnico e físico de um atleta. Só nos resta orar para que nenhum trilhardário russo ou árabe resolva macular essa história.

Ricardo Gomes

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Dezessete querem, mas só doze conseguirão

O assunto Copa do Mundo 2014 já deixou de ser algo ligado somente ao esporte, para se tornar plataforma política. A visita dos inspetores da FIFA parece um reality show, ou um minuto a minuto de internet. Cada dia eles avaliam um local. Mas em cinco minutos e apenas com um vôo de helicóptero é possível?
São 17 cidades brigando para estar entre as 12 favoritas, mas talvez falte um pouco de nexo aos dirigentes. Qual a razão de levar uma copa para Rio Branco? Se querem contemplar todas as regiões, então por que não escolhem Belém, que possui o recém inaugurado e moderno Mangueirão?
Será que somos capazes de fazer um belo espetáculo e reconstruir nossos estádios que estão em ruínas? Sinceramente, não há um estádio em condições de receber a Copa do Mundo, nem mesmo o Beira-Rio, tampouco o Morumbi (com seus pontos cegos).

Agora ver e ouvir que os investimentos em cidades como Goiânia serão de R$ 3 bilhões, que haverá metrô de superfície, melhora na infraestrutura e tudo mais, realmente nos entristece, pois sabemos que o que custa três acaba saindo por seis. Vejam o exemplo do Engenhão, cuja prefeitura do Rio repassou ao Botafogo, porém o estádio não agrega nada a população (assistam ao Programa Brasil Olímpico-Uma candidatura passada a limpo, na ESPN Brasil-sábado às 21h30).

Podem até transformar o Brasil, em cinco anos, mas em tempos de crise vejo que tudo isso é balela e infelizmente teremos a Copa mais superfaturada da história e que se submete a interesses políticos, dos quais algumas sedes não tem (e não terão) nenhuma tradição futebolística.
Diogo Patroni

Marcelão ou Nabisão?


Se você, assim como eu, costuma freqüentar a cidade de Bragança Paulista, localizada a 80 km de São Paulo, já deve ter percebido que a pergunta no título deste post tem feito parte das rodas de discussão na cidade, desde o final do ano passado.

Bragança é a terra da lingüiça, e também a terra do Clube Atlético Bragantino, equipe de futebol profissional da cidade, fundada em 08 de janeiro de 1928 e que já foi campeã paulista da séria A1, em 1990 e vice-campeã brasileira em 1991, derrotada pelo time do São Paulo, que mais tarde se tornaria campeão mundial.

O Bragantino possui, desde 1949, um estádio próprio batizado em sua inauguração de Marcelo Stéfani, ou “Marcelão” – em homenagem ao homem que doou um terreno de sua propriedade para que o clube pudesse construir sua “casa”. Homenagem mais do que justa, mas que foi mantida até o final de 2008, quando o local passou a se chamar Estádio Nabi Abi Chedid, ou “Nabisão”.

Mesmo sendo impossível falar do Bragantino sem citar a família Abi Chedid (um dos primeiros presidentes do clube foi Hafiz Abi Chedid), a decisão do atual presidente, Marco Antonio Abi Chedid em homenagear seu pai, substituindo o nome do estádio, não vem sendo tolerada pela população da cidade e pelos tradicionais torcedores do “leão”. Em pesquisa realizada pelo principal jornal da cidade, a rejeição pela troca chegou a 90%, mostrando que os bragantinos não gostaram nada da homenagem.

Quando falou à reportagem do UOL, o atual presidente justificou a escolha com a afirmação de que apenas o estádio se chamará Nabi Abi Chedid, e que um complexo esportivo – ainda não construído (vejam só!), será mantido com o nome de Marcelo Stéfani. Aproveitou, também, para destacar as recentes reformas e modernizações realizadas no local.

Uma análise da situação, por mais simples que pareça, não deve ser feita de maneira irracional e apaixonada, já que isso nos levaria a pesar qual nome foi mais importante para o Clube Atlético Bragantino: Marcelão ou Nabisão – o que me parece um tanto quanto injusto e inoportuno. Se o primeiro ajudou o time em seus primórdios, o segundo foi um dos responsáveis pela chamada época de ouro da equipe de Bragança Paulista.

Fato é que a despreocupação do atual presidente em ouvir a opinião pública, antes de tomar importante decisão, me parece ser o maior erro desse processo. Em situações como essa uma audiência pública parece ser a escolha correta já que, mais do que um estádio do clube, o local faz parte da história de Bragança. É o que torna a decisão “não ilegal, porém imoral”, citando o comentarista da TV Bandeirantes, Neto.

Infeliz me parece, também, a idéia de oferecer benefícios à maior torcida organizada do clube, em troca de apoio a essa decisão – rumor que ganha força entre os apaixonados pelo massa bruta. Verdade indissolúvel é que, em dois jogos realizados no “Nabizão”, o “Braga” coleciona duas derrotas no Campeonato Paulista - prato cheio para os supersticiosos de plantão.


Gabriel Nicolatti

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Egito, ai vamos nós!


O filme é agonizante, irritante e, as vezes, mal rodado, mas o final é sempre um satisfatório déjà vu.


É dessa forma toscamente metafórica que a seleção brasileira sub-20 vem guiando as suas participações nos últimos Sulamericanos da categoria. O início da trajetória no semi-amador certame continental é, invariavelmente, um tanto quanto claudicante, com exibições sufocantes diante de países do eixo bolivariano e afins.


As projeções são sempre as piores possíveis. Nossos garotos, ou grande parte deles, com as faces revestidas de espessas máscaras, pedalam, enfeitam e ludibriam... Ludibriam tão bem que temos a convicção de que estamos assistindo a mais uma geração perdida, que, no máximo, conseguirá relativo sucesso em clubes periféricos do Oriente Médio.


Mas, depois de nos resignarmos com algumas certezas, a pirralhada, numa improvável digressão de animo, resolve crescer na hora mais aguda da disputa. Daí vencem um acertadíssimo Uruguai (em 2007 e agora), derrotam uma Argentina sedenta por vitória num gramado enlameado (eles sempre vencem sob essas condições) e, enfim, pavimentam um caminho tranquilo rumo ao Mundial como se algumas exibições abaixo da crítica fossem um mero detalhe dentro desse roteiro. Foi assim em 2007-aliás, diga-se de passagem, tínhamos uma seleção bem melhor naquela ocasião-será assim na edição de 2009.


Diante deste cenário confuso e repleto de alternativas, nunca saberemos com qual realidade devamos chegar ao mais importante torneio entre seleções sub-20: aquela da equipe despadronizada e inócua ante qualquer oponente, ou aquela que cresce no momento certo, se supera frente as dificuldades e vence quem vier pela frente.


Há dois anos fomos campeões do continente com sobras, em um conjunto que reunia promessas como Pato, Lucas, Danilinho e Leandro Lima. Euforia efêmera, porque, meses depois, no Mundial do Canadá, os canarinhos se classificaram numa indigna terceira colocação num grupo que tinha Coréia do Sul, EUA e Polônia. Depois, foi só apanhar por 4 a 2 para a Espanha nas oitavas para voltarmos ao devido lugar. Portanto, achtung, sem grandes ilusões porque a competição no Egito, em setembro, poderá reservar amarguras aos nosso garotos.

Pobre Argentina...

Contrapondo a normalidade, a Argentina vai fazendo um Sulamericano aquém de suas tradições. Do jeito que vem se postando em campo, os azuis-celestes correm sério risco de ver o Mundial pela TV, o que seria trágico, futebolisticamente falando. Para piorar, essa nova safra que surgiu, comandada pelo competente Sergio Batista, não convenceu ninguém até agora. Nem mesmo as atuações de Emiliano Insúa, lépido defensor que atua no Liverpool, saltou aos olhos.



Ricardo Gomes

Super Bowl is amazing

Um jogo sensacional. É assim que podemos definir a final do Super Bowl XLIII, entre Arizona Cardinals e Pitsburgh Steleers. Para meros espectadores (como eu) do futebol da bola oval, a final de ontem no Raymond James Stadium, em Tampa deu mais uma prova de como é possivel transformar o esporte, num espetáculo grandioso.
O jogo foi transmitido para mais de 230 países e somente nos Estados Unidos foi acomapanhado por mais de cem milhões de pessoas. Desta forma as dez primeiras audiências da TV norte-amaericana são do Super Bowl. A emissora NBC divulgou que a partida de ontem resultou numa receita de aproximadamente US$ 260 milhões, uma vez que foram cobrados US$ 3 milhões para a exibição de cada comercial de 30 segundos.
Ah durante o intervalo houve tempo ainda para o show de Bruce Springsten (o palco foi montado em nada menos do que oito minutos).

A partida
Certamente o Super Bowl 43, entre Cardinals e Steleers ficará para a história como um dos melhores de todos os tempos. Sou leigo (ja falei), mas consigo entender algumas coisas que vão além do touchdown e field goal.
Ontem, o numéro 92 dos Steleers, James Harisson proporcionou um dos maiores lances de uma final, ao sair do seu campo de defesa e cruzar 100 jardas (92 metros) para o campo de ataque rumo a end zone. A jogada foi tão espetacular que no final o defensor precisou do auxílio de um balão de oxigênio. No fim do segundo quarto o placar apontava 20 a 7, Steleers, mas com uma reação impressionante e uma noite inspirada do número 11, Larry Fitzgerald (com dois touchdowns), os Cardinals viraram para 23 a 20.
Faltando pouco menos de dois minutos para o fim, a equipe de Pitsburgh fez o impossível avançando mais de 70 metros. Graças ao passe perfeito do quarter back, número 7, Big Ben Roethlisberger e ao salto impressionante do número 10 e MVP, Sanantonio Holmes, os Steleers penetraram na end zone dos Cardinals. Touchdown!!!
O Placar estava 27 a 23 para Pitsburgh, mas mesmo com 45 segundos restantes os Cardinals lançaram-se ao ataque, porém ja era tarde. Final Pitsburgh Steleers hexa-campeão do Super Bowl e o maior vencedor da NFL.

Diogo Patroni