domingo, 10 de maio de 2009

E deu Brasil, mais uma vez...

Sem muito alarde, a seleção brasileira sub-17 faturou, pelo terceiro ano seguido, o título do Sulamericano da categoria, o nono em sua história. Embora a conquista só tenha sido consumada após uma angustiante disputa por pênaltis, o percurso para lograr tal designação, todavia, não foi dos mais traumáticos. Hegemônico durante a fase de apuramento, a equipe tutelada pelo estimado Lucho Nizzo não precisou fazer muita força para bater Paraguai, Peru e Bolívia. O único tropeço tupiniquim nos acidentados gramados da cidade chilena de Iquique, sede única do certame, ocorreu ante a Colômbia, revés obtido mais às custas da indolência dos atletas brasileiros do que por alguma inferioridade técnica.
O duelo derradeiro contra a Argentina não contrariou os meus prognósticos. Acirradíssimo, o cotejo sintetizou a campanha de ambos os emblemas durante o torneio continental. O Brasil, municiado por Phillipe Coutinho e Wellington, sempre foi salientemente mais técnico que seus rivais. A formação albiceleste, por sua vez, destacava-se mais pelo espírito beligerante e destemido. A vitória brasileira por 6 a 5 nos penais premiou uma geração que emerge envolta por grandes expectativas. O por enquanto vascaíno Coutinho é promessa de craque. Wellington (Fluminense), Zezinho (Juventude), Dodô (Corinthians) e o capitão Gérson (Grêmio) foram gratas aparições. Já pelos quintais vizinhos, a considerar o uruguaio Barreto, o peruano Arroe (como joga esse rapaz!) e o colombiano Edwin Cardona. Causou-me frustração, porém, assistir a mais uma pálida atuação de uma seleção de base argentina. Pródiga em revelar bons nomes em disputas do gênero, nossos queridos irmãos ficaram devendo bom futebol, a exemplo do que acontecera há pouco mais de três meses, na maculada trajetória no Sulamericano Sub-20.


Ricardo Gomes

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