terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Dezessete querem, mas só doze conseguirão

O assunto Copa do Mundo 2014 já deixou de ser algo ligado somente ao esporte, para se tornar plataforma política. A visita dos inspetores da FIFA parece um reality show, ou um minuto a minuto de internet. Cada dia eles avaliam um local. Mas em cinco minutos e apenas com um vôo de helicóptero é possível?
São 17 cidades brigando para estar entre as 12 favoritas, mas talvez falte um pouco de nexo aos dirigentes. Qual a razão de levar uma copa para Rio Branco? Se querem contemplar todas as regiões, então por que não escolhem Belém, que possui o recém inaugurado e moderno Mangueirão?
Será que somos capazes de fazer um belo espetáculo e reconstruir nossos estádios que estão em ruínas? Sinceramente, não há um estádio em condições de receber a Copa do Mundo, nem mesmo o Beira-Rio, tampouco o Morumbi (com seus pontos cegos).

Agora ver e ouvir que os investimentos em cidades como Goiânia serão de R$ 3 bilhões, que haverá metrô de superfície, melhora na infraestrutura e tudo mais, realmente nos entristece, pois sabemos que o que custa três acaba saindo por seis. Vejam o exemplo do Engenhão, cuja prefeitura do Rio repassou ao Botafogo, porém o estádio não agrega nada a população (assistam ao Programa Brasil Olímpico-Uma candidatura passada a limpo, na ESPN Brasil-sábado às 21h30).

Podem até transformar o Brasil, em cinco anos, mas em tempos de crise vejo que tudo isso é balela e infelizmente teremos a Copa mais superfaturada da história e que se submete a interesses políticos, dos quais algumas sedes não tem (e não terão) nenhuma tradição futebolística.
Diogo Patroni

Um comentário:

  1. Pois é, segunda vi na televisão que pretendem investir 350 milhões pra construir um estadio la em manaus, considerando que serão disputado no máximo 6 jogos la, cada jogo custara mais de 50 milhões, pra depois o estadio ficar jogado as traças, e o pior é que sabemos que estes 350 milhões podem dobrar e quem paga somos nós...
    Abraço

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