terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Tudo igual

Acho que pela primeira vez em muitos anos, uma seleção brasileira inaugura as suas atividades no ano com decência.
Após o enfrentamento ante Portugal em novembro passado, a equipe de Dunga, veja só, encara pela segunda vez consecutiva num intervalo menor que quatro meses um selecionado “top de linha”. A ocasião é ímpar. O jogo dessa tarde é apenas o 13º entre Brasil e Itália em toda a história envolvendo as suas formações principais, estranho assim, dada a proximidade entre as duas nações não só na conjuntura esportiva (diga-se futebol) como também culturalmente, ainda que com muitas ressalvas.
Como não poderia deixar de ser, a rigor, os dois conjuntos se equivalem, se levarmos em consideração o atual momento de ambas. A Itália não convence desde que levou o tetracampeonato mundial na Alemanha, em 2006. De lá pra cá, o melhor que conseguiu foi levar para as penalidades máximas o embate diante da Espanha pelas quartas-de-final da Euro 2008- a Fúria era plenamente superior.
O Brasil não fez tão diferente nos últimos três anos. Tirante belas exibições contra Argentina-no mesmo Emirates Stadium- e Portugal, em Brasília, o caminho rumo à África do Sul tem sido lastimável. Portanto, se tivesse que apostar num resultado hoje cravaria, sem pestanejar, um empate, a exemplo do que ocorreu no último encontro entre as duas seleções, em 1997.

Ricardo Gomes

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